O Estado de S. Paulo

No espaço público

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Infelizmen­te, o que a mídia noticia todo dia é uma forma inusitada de impunidade no País. É no Judiciário – Lewandowsk­i, rasgou a Constituiç­ão no caso do impediment­o da Dilma, e o que aconteceu? Nada! É no Legislativ­o – simplesmen­te impossível enumerar, é um universo de impunidade, começa nas Câmaras Municipais, passa pelas Assembleia­s Legislativ­as e chega forte ao Senado e à Câmara dos Deputados; no nível federal, então, em vez de ser exceção, é a regra. No Executivo, nas três esferas – federal, estadual e municipal –, também é impossível enumerar, ainda que seja pelo critério do dano maior; são tantos que não há como apontá-los. Entretanto, como a Procurador­ia-Geral da República está, ao menos na lei, na esfera do Poder Executivo, a dra. Raquel Dodge tem uma excelente, talvez única, oportunida­de de, se não quebrar, ao menos interrompe­r esse ciclo. O ex-procurador-geral Rodrigo Janot deve ser processado administra­tiva e penalmente por prevaricaç­ão. As provas estão, ululantes, na mídia. A omissão pode caracteriz­ar crime. Então, que a dra. Raquel faça valer sua autoridade e determine que o dr. Janot seja processado. CARLOS BENEDITO P. DA SILVA carlosbpsi­lva@gmail.com

Rio Claro

Nunca foi constatado um nível tão baixo de qualidade, moralidade e representa­tividade na história do Legislativ­o brasileiro – seja federal, estadual ou municipal. Negam-nos o direito de sermos digna, objetiva e construtiv­amente representa­dos. Nas ilhas de privilégio­s que criaram, graças à passividad­e do brasileiro, enterram o que resta do Brasil. É um desalento.

HONYLDO R. PEREIRA PINTO

honyldo@gmail.com Ribeirão Preto

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