O Estado de S. Paulo

Trump é criticado após telefonema a família de soldado morto.

Presidente americano diz ser melhor que ex-líderes em confortar famílias de soldados

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Amãe de um sargento do Exército americano morto no Níger disse ontem que o presidente Donald Trump, na sua ligação para oferecer condolênci­as, foi “desrespeit­oso” com a família, no momento em que ela se dirigia ao aeroporto para receber o corpo do militar. A deputada democrata Frederica Wilson, da Flórida, afirmou que Trump disse à viúva Myeshia Johnson que o marido dela “sabia ao que estava se expondo”. A deputada estava no carro coma viúva a caminho do Aeroporto Internacio­nal de Miami.

Envolvido em uma nova controvérs­ia, desta vez sobre o modo como os presidente­s americanos demonstram compaixão com as famílias de soldados mortos em combate, Trump negou que tenha dito algo inapropria­do. O sargento La David Johnson era um dos quatro militares americanos mortos há duas semanas, cujas famílias disseram não ter recebido nenhuma palavra do presidente.

A mãe do sargento, Cowanda Jones-Johnson, afirmou à agência Associated Press que as declaraçõe­s da deputada estavam corretas. “Eu estava no carro e eu ouvi toda a conversa”, afirmou Cowanda.

No Twitter, Trump declarou: “A deputada democrata fabricou totalmente o que eu disse para a mulher do soldado que morreu em ação (e eu tenho provas). Triste!”

Frederica não recuou em sua posição, sugerindo que Trump “nunca quer assumir” um erro. Como presidente­s anteriores, Trump tem feito contato pessoal com algumas famílias de soldados mortos em combate, mas não todos. Adi ferençaéqu­eTr um pesco lhe utrav aru malutapo lítica sobre quem está se saindo melhor em honrar os mortos em guerra e suas famílias.

Ele afirma estar desempe- nhando essa função melhor do que todos os seus antecessor­es, como afirmou na terça-feira: “Eu liguei para cada família que teve alguém morto na guerra”, afirmando que os presidente­s anteriores não fizeram isso.

A Associated Press, porém, encontrou parentes de quatro soldados que morreram durante a presidênci­a de Trump que disseram nunca ter recebido qualquer ligação do republican­o.

Ontem, o site Politico divulgou reportagem segundo a qual uma equipe do Conselho Nacional de Segurança elaborou um comunicado de condolênci­as para Trump fazer logo após a morte dos soldados no Níger. No entanto, o texto foi ignorado. Segundo o Politico, não está claro por que ele nunca foi divulgado. O atraso de Trump para discutir publicamen­te as baixas no Níger não é extraordin­ário, consideran­do que ele fez isso antes, mas sua politizaçã­o do tema é.

Na terça-feira, ele chegou a mencionar a morte do filho de seu chefe de gabinete, John Kelly, no Afeganistã­o, dizendo que Obama não agiu apropriada­mente para honrar a morte de um combatente. Kelly era general durante o governo de Barack Obama quando seu filho, Robert, morreu em 2010. “Você pode perguntar ao general Kelly, ele recebeu uma ligação de Obama?”, disse Trump à rádio Fox News.

Tammy Duckworth, senadora democrata de Illinois, uma veterana da Guerra do Iraque que perdeu as pernas quando seu helicópter­o foi atacado, criticou Trump. “Desejo que esse comandante-chefe pare de usar as famílias de soldados mortos como garantia de seja lá qual for o jogo doentio que ele está ten

tando fazer aqui”.

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Frederica Wilson: irritada com Trump Deputada.
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AP Johnson. Morte no Níger

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