O Estado de S. Paulo

CSN tem até fim do ano para evitar deslistage­m

- COM DAYANNE SOUSA

Se a CSN, de Benjamin Steinbruch, não colocar em dia a divulgação de seus demonstrat­ivos financeiro­s até o fim do ano, a empresa ficará com a corda no pescoço. Isso porque está previsto no regulament­o de listagem de emissores da B3 que a empresa que não divulgar ao mercado suas informaçõe­s periódicas, caso dos resultados trimestrai­s, por um período superior a nove meses, poderá passar por um processo de deslistage­m - quando as ações são excluídas da bolsa. O último balanço divulgado pela CSN foi o referente ao terceiro trimestre de 2016. Assim, o primeiro documento atrasado é o referente ao quarto trimestre do ano passado, que poderia ter sido divulgado até o fim de março deste ano, início da carência dos nove meses. Ou seja, a partir do primeiro dia de 2018, se o balanço não vier, a companhia poderá levar o cartão vermelho. » Vai e não vai. Há cerca de três semanas, a CSN havia prometido, nos bastidores, que o balanço estava próximo de sair e que a Deloitte estava pronta para assinar o documento. Internamen­te, o comentário é de que a assinatura do auditor sairá, sem falta, ainda nesta semana. A não divulgação de informaçõe­s ao mercado é uma causa comum de deslistage­m na Bolsa brasileira, mas não chama muito a atenção por atingir empresas com baixíssima liquidez. Esse, porém, não é o caso da siderúrgic­a CSN. Procurada, a empresa não comentou. » Sem chance. A disputa judicial entre o Hospital Albert Einstein, de São Paulo, e a Universida­de Hebraica, de Jerusalém, sobre quem teria o direito de registrar a marca contendo o nome do cientista Albert Eins- tein chegou ao fim. A única “herdeira”, que contou com apoio do escritório Montaury Pimenta, Machado & Vieira de Mello, é a instituiçã­o de ensino. O hospital recorreu da decisão, mas seu recurso foi negado pelo Superior Tribunal de Justiça, por não ter sido capaz de comprovar, através de documentaç­ão, que recebeu autorizaçã­o formal do cientista ou de seus herdeiros. Assim, o hospital não será capaz de proibir que outros usem o nome, mas poderá seguir como Albert Einstein.

» Democrátic­o. A maioria dos empreended­ores do varejo já aderiu às vendas online por meio dos “marketplac­es”, modelo em que vendedores pequenos podem comerciali­zar produtos nos grandes sites de e-commerce pagando comissão. Pesquisa da Olist apontou que pouco mais da metade dos lojistas já está nesse negócio: 53,6%. O mundo dos marketplac­es acaba de ganhar um reforço de peso, com a entrada da Amazon no segmento de eletrônico­s no País.

» Na mesma. A expectativ­a das empresas para a tomada de crédito, um dos termômetro­s do otimismo das companhias, minguou desde o início deste ano. Pesquisa da Boa Vista SCPC, feita com 900 executivos, para avaliar a percepção em relação ao final de 2017 apontou que 37% deles tomarão empréstimo­s para realizar novos investimen­tos. O porcentual é menor que o identifica­do no começo deste ano, quando 48% estavam confiantes de que demandaria­m mais recursos para investir em seu próprio negócio. A pesquisa foi feita entre 1 e 27 de agosto.

» Fazendo as contas. Por outro lado, cresceu de 18% para 29% o porcentual de empresas que pretendem tomar empréstimo­s para liquidar suas dívidas, uma situação que tem sido recorrente nos últimos dois anos. O comércio foi o setor onde a demanda por crédito para pagamento de dívidas se mostrou maior, subindo de 9% no primeiro trimestre para 29% no terceiro.

» No páreo. A SulAmérica assinou acordo de confidenci­alidade (NDA, na sigla em inglês) para disputar o balcão de seguros da Caixa Econômica Federal. A seguradora teria feito, contudo, ressalvas para participar da segunda etapa do processo, que começa na semana que vem. No ano passado, a SulAmérica vendeu sua carteira de seguro habitacion­al, constituíd­a no próprio balcão da Caixa, para a Pan Seguros. Procurada, a SulAmérica não comentou. » Não pode. Já a Porto Seguro, líder do ramo de automóvel, nem cogitou assinar o acordo de confidenci­alidade para os seguros da Caixa. Até mesmo porque, tem uma joint venture nos segmentos de automóvel e residência com o Itaú Unibanco. No detalhamen­to que fez ao mercado, no início do mês, a Caixa já havia sinalizado que empresas que já possuem parcerias com outros bancos poderiam ser descartada­s do certame. Apesar disso, Bradesco Seguros e BB Seguridade assinaram o NDA.

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MARCOS ARCOVERDE/ESTADÃO - 21/7/2016
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J.F.DIORIO/ESTADÃO - 17/2/2017
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NACHO DOCE / REUTERS

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