Rudá leva cozinha contemporânea para Mooca
Um grande e simpático casarão de esquina abriga o novo Rudá, que abre as portas oficialmente hoje, na Mooca. Apesar da vizinhança – ruas de paralelepípedo e muros baixos – e da aparência externa da casa remeterem a uma cidade do interior, o que sai da cozinha do novo restaurante são pratos contemporâneos, que misturam diversas origens e temperos.
Por trás da nova casa está a mooquense Daniela Lopes novata no ramo, mas que conta com o apoio do cunhado, José Americo Crippa Filho, mais conhecido como Tatá, dono do Cadillac Burguer, e um dos ideali- zadores do Distrito Mooca, projeto de revitalização do bairro.
Para ajudar na cozinha Daniela chamou a chef consultora Patrícia Leite, que elaborou o cardápio e treinou a equipe responsável pelas panelas – a cozinha tem só mulheres, intencionalmente. São seis no total, encarregadas de preparar o almoço e o jantar.
O menu é o mesmo para os dois horários. Entre as opções de entrada, há o steak tartare com folhas verdes e chips de mandioquinha (R$ 29) e o minicamembert (R$ 35) assado com melado de cana e farofa de castanhas, uma entrada para compartilhar.
Nos pratos principais é possí- vel identificar os diferentes sotaques da cozinha e que não são tão populares por aqui, como é o caso do jambalaya (R$ 69), prato típico da cozinha creole, elaborado com arroz vermelho, frutos do mar e carne suína, bem temperado, com pimentas e especiarias. O quibe de abóbora (R$ 38) chega à mesa com arroz negro de alho-poró e salada de rúcula; o peito de frango grelhado é marcado pelo molho de especiarias (R$ 42) ao estilo tailandês, servido com nhoque de mandioquinha no azeite e sálvia. Envelope de doce de leite feito na casa servido com sorvete de baunilha da Delicari (R$20) está entre as opções de sobremesa.
Do bar no fundo do amplo salão de pé direto alto saem drinques clássicos e outros autorais. A carta de vinhos é enxuta, mas variada em estilos e origens – além de preço.
O Rudá faz parte de uma onda de novos bares e restaurantes descoladas que começaram a surgir no bairro, como o Paladar antecipou em reportagem de capa no ano passado.