Rota para o futuro
Vestibular de fim de ano da rede pública e particular é o primeiro passo para conseguir lugar em uma das 597 instituições de ensino superior paulistas
O vestibular de fim de ano é a grande porta de entrada para as 597 instituições de ensino superior do Estado de São Paulo. E as inscrições e a concorrência não param de crescer. Conforme os dados mais recentes do Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior (Semesp), o Estado saiu de 2.692 cursos presenciais em 2000 para 8.203 em 2015. Isso sem contar o avanço de 93% nas matrículas dos cerca de mil polos de cursos a distância que funcionaram no período, chegando a 265 mil inscritos em 2015, o equivalente a uma em cada seis matrículas gerais.
A disputa cresce a cada ano nas instituições públicas.
Em Medicina na Universidade de São Paulo (USP), por exemplo, a proporção de candidato por vaga praticamente dobrou nos últimos dez anos, chegando a 63 por 1. Com a reserva de vagas pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), definida em agosto deste ano, nada indica que essa tendência terá redução.
As instituições privadas se tornaram mais do que opção – e por valores menores do que muitos pensam. A média geral no valor das mensalidades no Es- tado de São Paulo ficou em R$ 832. Entre os cursos mais procurados, o maior valor médio foi em Engenharia de Produção (R$ 1.073), e o menor, em Gestão de Recursos Humanos (R$ 570).
Atualmente, as carreiras mais procuradas em São Paulo são Administração (com 165 mil matrículas em 2015, de acordo com o Semesp) e Direito (com 154 mil). Já no ensino a distância a grande procura ainda é por Pedagogia (85 mil matrículas), seguida de Administração (25 mil). Falando em mundo digital, o top 5 de buscas no Google por carreiras durante o primeiro semestre de 2017 inclui Direito, Medicina, Psicologia, Administração e Enfermagem.
Vale ressaltar também a importância de se escolher bem a carreira para o futuro profissional: a evasão geral (saída de universitários antes do fim do curso) ainda está acima de 30% no território paulista. O número é alto considerando que apenas um em cada cinco jovens de 18 a 24 anos chega ao ensino superior. E isso merece reflexão. O primeiro passo nessa estrada é a escolha do vestibular de fim de ano.