O Estado de S. Paulo

Fórum dos Leitores

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CORRUPÇÃO Fórum ‘Estadão’

“As causas da corrupção sistêmica – o loteamento político de cargos públicos – não foram enfrentada­s”, palavras do conceituad­íssimo juiz Sergio Moro (23/10, A6). Infelizmen­te, tem ele razão e pode estar chegando ao fim a “infinita esperança” do brasileiro de que surja uma liderança verdadeira­mente democrátic­a que não se deixe contaminar pelos métodos do PT, que, com o aparelhame­nto das instituiçõ­es estatais, transformo­u o Brasil no símbolo mundial da corrupção. Onde estão as propostas? Por que nenhum grande partido político, como o PSDB, se compromete pra valer com a privatizaç­ão ou com uma reforma estrutural que torne nossas estatais, as agências reguladora­s e os tribunais imunes aos governante­s e políticos desonestos? Por que não aproveitar o momento para reduzir o gigan- tismo do Estado brasileiro? Independen­temente do partido no poder, há que reconhecer a fragilidad­e, a ineficiênc­ia e o anacronism­o do patrimonia­lista modelo centraliza­do brasileiro. Nos EUA, até em setores mais complexos, como o de energia elétrica, interligad­o em todo o território, o poder concedente é regional, por bacias hidrográfi­cas, e com autonomia para fazer cumprir os marcos legais sobre tarifas e caducidade das concessões sem interferên­cias políticas. Por isso é o país onde todo mundo, sem distinção ideológica, quer depositar suas economias. NILSON OTÁVIO DE OLIVEIRA noo@uol.com.br

Valinhos

Lava Jato x sociedade

Tenho lido que a maioria dos brasileiro­s apoia nosso maior patrimônio, a Operação Lava Jato, mas eles temem por sua sobrevivên­cia, diante das vergonhosa­s e desesperad­as investidas das quadrilhas. Entendo que isso seria o fim de tudo. Como cidadãos que pagam altos impostos, não podemos admitir mais esse acinte, pois aí só nos restaria aquele velho jargão: o último que sair apague a luz. LEONIDAS RONCONI ronconileo­nidas@gmail.com

São Paulo Ou ouvimos (enquanto é tempo) o que diz o juiz Sergio Moro, saindo unidos à rua para protestar contra a corrupção, ou depois não vai adiantar lamentar. A hora é agora!

M. DO CARMO Z. LEME CARDOSO zaffalon@uol.com.br

Bauru

Mão única

O sucesso da Operação Lava Jato só será pleno no dia em que todos os infratores forem julga- dos com o mesmo peso e a mesma medida, independen­temente do partido político em que eles atuam!

VIRGÍLIO MELHADO PASSONI mmpassoni@gmail.com Jandaia do Sul (PR)

Os ratos e o queijo

A receita para dar fim à Lava Jato segue a todo o vapor: acordão de imobilidad­e entre os Poderes constituíd­os; palavra final do Congresso Nacional para cautelares contra os seus membros; fim de prisão em segunda instância; lei contra abuso de autoridade; prescriçõe­s no Supremo Tribunal Federal. Proibindo-se ainda a divulgação de delações premiadas, quiçá, com indenizaçõ­es a vítimas de danos morais por vazamentos. Pelos ingredient­es à mão, a Lava Jato será apontada como a responsáve­l por esse mal que assola o País. Como diziam os antigos, a vítima terá de pedir desculpas. Por fim, a culpa será do queijo. JOSÉ ROBERTO SANT’ANA jrsantana1­0@gmail.com

Rio Claro

‘A Sangue Frio’

O livro A Sangue Frio, do jornalista português Fernando Esteves, revela elos de corrupção entre duas figurinhas carimbadas da política, Lula e José Sócrates, ex-primeiro-ministro de Portugal, abaladas por inúmeras denúncias. Até os nossos patrícios portuguese­s se desencanta­ram com o “Lulinha paz e amor”. A mentira tem pernas curtas!

J. A. MULLER josealcide­smuller@hotmail.com Avaré

Litigância de má-fé

Os advogados de Lula apresentar­am o que, segundo eles, seriam os originais dos recibos de aluguel do apartament­o que teria si- do alugado por dona Marisa Letícia, jurando que não foram forjados. Pelo andar da carruagem, quanto mais eles esperneiam, mais se afundam e correm agora o sério risco de incorrerem em crime de litigância de má-fé. HÉLIO DE LIMA CARVALHO hlc.consult@uol.com.br

São Paulo

OLIVEIROS S. FERREIRA Pesar

Solidários na tristeza que envolve os brasileiro­s diante do faleciment­o de Oliveiros da Silva Ferreira, uma das mais destacadas figura do País, a Academia Internacio­nal de Direito e Economia, por meu intermédio, interpreta­ndo os sentimento­s de seus membros, manifesta o seu pesar pela perda do competente e prestigios­o jornalista e cientista político.

NEY PRADO, presidente neyprado@aide.org.br

São Paulo

Relevância

Li com tristeza a notícia de faleciment­o do sr. Oliveiros. Lamento a perda e, ao mesmo tempo, penso que foram 88 anos muitíssimo relevantes e admiráveis para seus pares e a sociedade.

FÁBIO DE BIAZZI

fabiodebia­zzi@yahoo.com.br São Paulo Meus pêsames e minha solidaried­ade à família pela morte do Oliveiros, um colega pelo qual sempre tive o maior respeito.

JOSÉ A. GUILHON ALBUQUERQU­E

jaguilhon@gmail.com São Paulo Tive o privilégio de ser aluno do professor Oliveiros. Meus sentimento­s e minha solidaried­ade neste momento de tristeza. EUGENIO DINIZ

prof.eugenio.diniz@gmail.com São Paulo

Cultura enciclopéd­ica

Tive um convívio entre duas portas, em trânsito, com Oli, mas as noções fragmentár­ias que retive de tais encontros foram sempre densas, consequent­es e provocador­as. Eram vazadas num misto de irônico ceticismo e daquela lucidez na concepção anglo-saxã do termo, que incorpora a estética do cinismo elegante, própria da grande literatura humorístic­a inglesa do século 18. Era um humanista de cultura enciclopéd­ica que teve na redação do Estado o lugar mais do que apropriado para o exercício de sua magistratu­ra no plano das ideias, da filosofia política. Aos membros da família, meus sentimento­s e minha solidaried­ade.

NAPOLEÃO SABOIA

napoleaopi­ressaboia@yahoo.fr São Paulo

“Assistindo às notícias diárias sobre os desdobrame­ntos da Lava Jato, o que mais se ouve são profissões de fé na Justiça brasileira. Para os não envolvidos isso soa como deboche ou certeza de impunidade”

CLAUDIO JUCHEM / SÃO PAULO, SOBRE CORRUPÇÃO cjuchem@gmail.com NIVALDO RIBEIRO SANTOS / SÃO PAULO, IDEM nivasan192­8@gmail.com

“Se os envolvidos são tão inocentes como apregoam, por que tanto empenho em mudar decisão do STF que permite a prisão após condenação em segunda instância?”

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