Parque e Museu do Campo de Marte devem abrir em 2 anos
Custo total deve ser de R$ 250 milhões; Doria não comentou sobre promessa de desativar o aeroporto até 2020
O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou ontem o projeto preliminar do Parque Campo de Marte e do Museu Aeroespacial Santos Dumont, que devem ser criados em uma área de 400 m² próxima ao Aeroporto Campo de Marte, no distrito de Santana, na zona norte.
O início das obras depende ainda de de dois Procedimentos de Manifestação de Interesse (PMI), que devem ser publicados até janeiro, da aprovação da concessão da área (dentro de um novo pacote) pela Câmara e da publicação da licitação. A estimativa é que esse cronograma, o que inclui as obras, leve ao menos dois anos, com custo de R$ 250 milhões.
Ontem, Doria evitou comentar as declarações que fez em agosto de que pretendia desativar os hangares e o aeroporto do local até 2020. O presidente da Infraero, Antônio Claret de Oliveira, presente na coletiva, também não comentou o assunto. “Entendemos que, para alcançar as duas outras etapas, enquanto essa não estiver consolidada, (falar sobre expansão) enfraquece o projeto original de que o parque seja implantado, com recurso privado, e também o museu”, afirmou Doria.
O projeto foi elaborado pelo arquiteto Benedito Abbud, responsável pelo projeto da Praça Ayrton Senna, no Ibirapuera, na zona sul. Segundo a Prefeitura, o arquiteto foi “convidado” a desenvolver a proposta, de forma gratuita.
A ideia é dividir o terreno em quatro: parque (270 mil m²), museu (80 mil m²), espaço multiúso (27 mil m²) e quadras esportivas (40 mil m²) – três campos de futebol e dois de futebol society. O parque trará pistas de corrida e caminhada, além de cachorródromo, ambulatório e redário. Também haverá ciclovia e a integração de uma pista de pouso com o museu, para que aeronaves entrem por ela antes de serem expostas.
Entre as contrapartidas previstas, estão cobrar ingresso no museu e de estacionamento, locar espaços e o repasse de potencial construtivo. /