O Estado de S. Paulo

Queda do líder passa por ‘seca’ de trio

Declínio técnico e, principalm­ente, longo jejum de gols de Jadson, Rodriguinh­o e Romero coincidem com mau momento vivido pelo Corinthian­s

- Daniel Batista

Jô é o artilheiro do Corinthian­s no Campeonato Brasileiro com 15 gols, mas nunca esteve tão solitário na missão de balançar as redes quanto agora. Clayson é o único que o ajuda, um pouco. Jadson, Rodriguinh­o e Romero amargam um longo jejum de gols e auxiliam na explicação da queda brusca do Corinthian­s no segundo turno.

A última vez que o Corinthian­s fez um gol no campeonato que não tenha sido de Jô ou Clayson foi na rodada que encerrou o primeiro turno, quando Rodriguinh­o marcou na vitória por 3 a 1 sobre o Sport, dia 5 de agosto. Há quase três meses, portanto. Foi na 19.ª jornada.

Rodriguinh­o e Jadson não marcam há 13 partidas. Romero vive uma seca ainda pior, de 22 jogos. Nos últimos 13 confrontos, Jô e Clayson fizeram quatro gols cada e Maycon – pela Copa Sul-Americana – fez um.

Jadson não balança as redes desde o dia 12 de julho, na 13.ª rodada, quando o Corinthian­s derrotou o Palmeiras por 2 a 0. No domingo da semana que vem, dia 5 de novembro, completa um turno de secura. Já aquele gol de Rodriguinh­o contra o Sport foi a última vez que teve a alegria de marcar um gol.

Quanto a Romero, a última vez que ele festejou um gol pelo Corinthian­s foi em 11 de junho, pela 6.ª rodada do Nacional, quando a equipe superou o São Paulo por 3 a 2. Portanto, faz mais de quatro meses. A falta de gols ajuda a explicar o momento de baixa da equipe.

Além do jejum, o trio não tem colaborado como deveria na criação das jogadas e os resultados evidenciam a queda de rendimento. Romero foi até para o banco de reservas na partida contra o Botafogo e entrou no intervalo, no lugar de Jadson, que teve outra atuação fraca.

Junto com a má fase veio a pressão. A diferença para Palmeiras e Santos agora é de seis pontos e, dependendo dos resultados da rodada do fim de semana, o clássico com o Alviverde, dia 5, pode causar a perda da liderança ao time de Carille.

“Vamos entrar em campo para nos distanciar do segundo colocado e encurtar o torneio. O Corinthian­s é líder de forma indiscutív­el. Sabemos da oscilação, mas isso pode e deve ser revertido. Por isso, estamos nos cobrando internamen­te. Domingo temos mais uma chance de mostrar que o líder está com sangue nos olhos para ser campeão”, disse Gabriel.

Conversa. Por isso, ontem, foi dia de conversas para tentar achar uma forma de recolocar a equipe nos trilhos. Assim que a delegação voltou de viagem do Rio, Carille, o diretor de futebol, Flávio Adauto, e o gerente de futebol, Alessandro Nunes, se reuniram no CT Joaquim Grava para tentar encontrar uma solução. Existe a preocupaçã­o com a questão física e técnica de alguns jogadores, entre eles Jadson, Rodriguinh­o e Arana, mas também com a parte psicológic­a do elenco.

Eleição. O clube divulgou que a eleição presidenci­al será realizada no dia 3 de fevereiro. O curioso é que o pleito vai ocorrer durante a disputa do Campeonato Paulista, que começa dia 17 de janeiro. Já confirmara­m candidatur­a Osmar Stábile, Antonio Roque Citadini e Romeu Tuma Júnior.

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DANIEL AUGUSTO JR. / AG. CORINTHIAN­S-22/06/2017 Má fase. Jadson e Rodriguinh­o têm queda de rendimento e apenas Jô continua fazendo gols

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