Croata assume seleção e se diz preparado
Aleksandar Petrovic, de 58 anos, foi apresentado ontem como novo técnico da equipe masculina do Brasil
O croata Aleksandar Petrovic foi apresentado oficialmente ontem como novo treinador da seleção masculina de basquete. O técnico de 58 anos tem como principais desafios classificar o País para o Mundial da China, em 2019, e para os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020.
“Chego aqui preparado’’, afir- mou, citando brasileiros que atuam na Europa, como Augusto Lima, Ricardo Fischer, Vitor Benite e Faverani, para exemplificar o seu conhecimento sobre o basquete mundial. “São jogadores que tenho acompanhado e com os quais quero contar na seleção’’, reforçou. Disse ainda que estará em Franca amanhã para o primeiro jogo da final do Campeonato Paulista entre o time local e o Paulistano.
Petrovic terá pouco tempo para colocar em prática sua filosofia de trabalho. A seleção entra em quadra daqui um mês, no dia 24, contra o Chile, fora de casa, pelas Eliminatórias para o Mundial. O segundo jogo no qualificatório será três dias depois, diante da Venezuela, no Rio de Janeiro.
O croata terá ajuda dos técni- cos Cesar Guidetti e Bruno Savignani, que vão formar sua comissão. Eles comandaram o Brasil na Copa América e ganha- ram o voto de confiança da Confederação Brasileira de Basquete (CBB) para contribuir neste momento de transição.
“De imediato, quero ver muito mais intensidade da equipe, principalmente defensiva. Sei que o jogador brasileiro tem muita qualidade no ataque, mas tudo começa na defesa”, avisou o treinador, que já deu um recado aos jogadores: “Quem quiser jogar o Mundial terá de jogar o qualificatório’’.
Por causa do novo formato definido pela Federação Internacional de Basquete para definir os classificados, o croata só poderá contar com os jogadores que atuam na NBA em duas das seis janelas para disputa das partidas das Eliminatórias.
O presidente da CBB, Guy Peixoto, confirmou que o salário do treinador será bancado pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB). A escolha de um estrangeiro, segundo ele, foi baseada em um projeto de longo prazo.
“A primeira pergunta sempre foi: quem será o técnico? No primeiro momento, eu tinha como intenção contratar um brasileiro. Mas depois pensei no projeto. O melhor para o basquete era ter um técnico em tempo integral para viajar o país inteiro’’, justificou Guy. “Sempre gostei da escola da Iugoslávia.’’
Depois de um pífio desempenho nos Jogos do Rio de 2016 sob o comando de Rubén Magnano, que não teve o seu contrato renovado, Petrovic busca iniciar um reformulação na seleção com o objetivo de recolocar o País novamente em destaque no cenário mundial.