Atuais acionistas devem levar fatia do Pan na Stone
Os atuais acionistas da Stone – empresa de captação de pagamentos de cartões, que concorre com rivais como Cielo, Rede e GetNet – devem levar a fatia que o Banco Pan (ex-Panamericano) detém no negócio, controlado pela Arpex Capital. O acordo pode reforçar o capital da instituição financeira, que precisa de recursos para cumprir as novas regras de capital, batizadas de Basileia 3. A possível venda da fatia do Pan na Stone foi anunciada ontem. Nos últimos meses, a Stone visitou fundos de private equity (que compram participações em empresas) para um novo aporte, no intuito de regar seu projeto de expansão e, quem sabe, fazer uma possível abertura de capital no futuro. Esse movimento pode se concretizar agora. Procurados, Stone e Banco Pan não comentaram.
» Testando. Com o adiamento da assembleia-geral de credores de 23 de outubro para 10 de novembro, a Oi aproveitou o espaço livre no pavilhão do Riocentro, que havia alugado, para fazer um ensaio dos trâmites no próprio local. A ideia foi testar a infraestrutura e repassar o ritual que terá apresentação do plano, manifestação de credores e votação. Essas etapas serão orquestradas por um “mestre de cerimônia” do escritório Arnoldo Wald, administrador judicial do processo. Além de representantes do escritório, participaram do ensaio, feito no dia 23, diretores da tele, incluindo o presidente, Marco Schroeder.
» Hora do show. A assembleia da Oi é a maior da história brasileira, envolvendo 55 mil credores, e ganhou status de grande evento. O local tem capacidade para receber 6 mil pessoas e está equipado com três telões de dez metros de altura à frente do público, além de um te- lão em cubo centralizado no alto do pavilhão – como os vistos em shows e esportes indoor. Para a votação, foram espalhados cem totens eletrônicos. A assembleia dará o direito de fala por dez minutos para credores sorteados e para aqueles com mais de R$ 500 milhões a receber.
» Avante. Depois de dar um passo em seu processo de reestruturação, a fabricante de cobre Paranapanema busca novos mercados para exportação. Nesta semana, por exemplo, já tem marcada uma série de reuniões em Londres com potenciais clientes. No radar, estão regiões como Oriente Médio, Ásia, locais onde há altas taxas de crescimento de infraestrutura, e ainda o México. O entendimento é de que a Paranapanema não pode ficar dependendo do mercado local, que ainda demonstra sinais de fraqueza.
» Por aqui. Enquanto trabalha nesse front, a Paranapanema também procura uma base em São Paulo. Com a sede administrativa em Santo André, Grande ABC, o objetivo é ter um escritório na região da Faria Lima, para ganhar tempo em reuniões de diretoria e do conselho.
» Para já. À espera de que as linhas com os bancos comerciais sejam refeitas, a Paranapanema colocará imóveis que ainda possui à venda, com o objetivo de trazer liquidez para o balanço da companhia. A estimativa é de que esses imóveis tenham valor de cerca de R$ 500 milhões. No momento, a companhia pode respirar mais aliviada, após conclusão da capitalização que injetou novos recursos no caixa.
» Menos é mais. O número de cheques devolvidos este ano está abaixo do verificado em 2016, conforme levantamento da Boa Vista SCPC, que será divulgado hoje. O porcentual de devoluções feitas de janeiro a setembro em relação ao total de cheques movimentados caiu para 1,99% no acumulado deste ano, de 2,28% de janeiro a setembro de 2016. Somente em setembro, essa relação diminuiu para 1,75%, de 2% no mesmo mês do ano passado.
» Mais risco. A JBS conseguiu renovar uma apólice de seguro garantia judicial, que protege a empresa de ações na Justiça, de cerca de R$ 600 milhões. O vencimento do contrato ocorreria em dezembro. No entanto, teve de pagar mais caro pela renovação, uma vez que seu risco aumentou após as delações de seus principais executivos no âmbito da Lava Jato, instaurando uma crise dentro da companhia.
» Diluído. A apólice está com um pool de seguradoras: a mineira Pottencial, Chubb, Fator, Swiss Re e Fairfax. O novo contrato tem duração de, ao menos, dois anos. Procurada, a JBS e as seguradoras mencionadas não comentaram.
» Compartilhado. Os espaços de empreendedorismo e inovação caíram de fato no gosto das grandes empresas. Enquanto Bradesco e Itaú Unibanco, que já tem o Cubo, preparam dois novos ambientes em São Paulo, o Grupo Telefónica abre as portas hoje de mais dois espaços crowdworking, em Campinas, em parceria com o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD) e a Unicamp. Até aqui, a Wayra, aceleradora do grupo, já apoiou 63 startups, com investimentos de cerca de R$ 10 milhões.