Bon vivant, talentoso e vencedor
Inglês que pode ser tetracampeão de F-1 hoje faz do prazer um estilo.
Se chegar ao menos em 5.º lugar no GP do México de Fórmula 1, hoje, Lewis Hamilton terá muitas opções de lugares para celebrar o tetracampeonato mundial, ao lado de amigos dos mais famosos. Boas opções de restaurantes, baladas e companhias não faltarão ao grande bon
vivant da atual F-1, acostumado a cultivar amizades com celebridades e a frequentar os eventos mais badalados do planeta.
Prestes a se tornar aos 32 anos o primeiro britânico tetracampeão da categoria, o piloto da Mercedes anos se tornou famoso também pela “performance” fora das pistas. Entre uma vitória aqui e uma pole position ali, o inglês frequenta o tapete vermelho de festas organizadas por revistas famosas, bate fotos com belas mulheres no Festival de Cannes, posa ao lado de atores como Will Smith e Arnold Schwarzenegger. Faz “resenha” com o ex-jogador da NBA Scottie Pippen e até Neymar, de quem é amigo.
Em sua terra, já almoçou com a Rainha Elizabeth II no Palácio de Buckingham e adentrou os restritos círculos de Wimbledon. Mas seu status de celebridade não foi o suficiente para entrar no Box Real, trecho super vip da tribuna do torneio de tênis. O motivo foram as roupas consideradas inadequadas para o rígido “dress code” do local.
Hamilton já se tornou famoso pelo estilo, com tatuagens e muitos acessórios. Adepto dos últimos lançamentos da moda, ele recebe dicas de um estilista para montar seu guarda-roupa. E ocupa lugar de destaque em desfiles das semanas da mo- da de Paris e Nova York, onde tem apartamento. Sua residência oficial é em Montecarlo.
Para ir de uma casa para a outra, Hamilton usa seu jatinho particular, fabricado pela canadense Bombardier. O modelo Challenger CL-605 foi adquirido em 2013 por 20 milhões de libras na época, o que seria equivalente hoje a R$ 85 milhões. Nada que ameace as contas do piloto. Seu próximo contrato com a Mercedes, a ser oficializado ainda neste ano, deve superar a barreira dos 100 milhões de libras.
Segundo lista tradicional do jornal britânico The Sunday Times, Hamilton é o atleta mais rico do Reino Unido na atualidade, com fortuna estimada em 131 milhões de libras. Ele supera astros do futebol como Zlatan Ibrahimovic, do Manchester United, e Wayne Rooney, do Everton.
Como todo bon vivant, Hamilton gosta de música (toca piano, violão e ataca de DJ) e de estar acompanhado de mu- lheres bonitas, seja numa visita à Mansão da Playboy ou num passeio de esqui ao lado da norte-americana Lindsey Vonn, campeã olímpica nos Jogos de Inverno.
O currículo de namoradas famosas do piloto é extenso. Tem Sofia Richie (filha do cantor Lionel Richie), a modelo Winnie Harlow, e as cantoras Nicole Scherzinger e Rita Ora, além, é claro, de amizades que geraram fortes rumores, caso de Rihanna, outra estrela da música.
O sucesso dentro e fora das pistas fez o jornal The Sun considerar Hamilton o “último piloto de Hollywood” da Fórmula 1. “O estilo de vida que tenho é, com certeza, bem diferente do de outros pilotos. Meu jeito de trabalhar se encaixa perfeitamente em minha vida. Trata-se de curtir cada momento”, diz.
“Quando minha carreira na F-1 acabar, quero ter certeza de que vivi ao máximo. É o que eu tento fazer. Vou a lugares e vivo experiências o máximo possível que posso. E faço no meu trabalho o melhor que posso”, afirma o tricampeão e recordista de pole positions da categoria.
Longe da badalação, porém sem abdicar dos holofotes, Hamilton tenta equilibrar a vida de piloto com a de humanitário. Nos últimos anos, representou a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) em visitas às Filipinas e ao Haiti para dar atenção a crianças afetadas por tragédias.
“Ele é provavelmente o único que foge um pouco daquele mundo da F-1”, diz o ex-gestor de marketing esportivo da Stock Car Daniel Freire, acostumado a conviver com pilotos. “Ele circula muito bem em vários ambientes, convive com celebridades de vários esportes, do cinema. Os demais são mais discretos. É por isso que ele virou personalidade.”