O Estado de S. Paulo

Temer passa bem após cirurgia e deve ter alta amanhã, dizem médicos

Equipe do Sírio-Libanês relata quadro de saúde estável do presidente depois de procedimen­to de raspagem da próstata

- Nayara Figueiredo

Depois de passar por um procedimen­to médico para desobstruç­ão da uretra, na noite de sexta-feira, o presidente Michel Temer permanecia internado ontem no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, com previsão de alta amanhã. A informação foi dada pelo médico Roberto Kalil Filho, que coordena a equipe responsáve­l pelo presidente. “O presidente está no apartament­o, muito bem, com quadro estável e terá alta na segundafei­ra”, afirmou Kalil.

Hoje, um boletim de rotina deve ser divulgado, mas o horário da saída de Temer do hospital será definido na segunda-feira. A expectativ­a é que ele permaneça em repouso na capital paulista até terça e retorne a Brasília na quarta.

O urologista Miguel Srougi, que também participou da entrevista coletiva, disse que na quarta-feira passada Temer sentiu um desconfort­o, teve um sangrament­o e não conseguiu expelir a urina. Inicialmen­te, não se sabia se a obstrução era causada por problemas na bexiga ou cresciment­o na próstata.

Neste mesmo dia, quando a Câmara votou a segunda denún-

Quadro “O presidente ( Michel Temer) está no apartament­o, muito bem, com quadro estável e terá alta na segunda-feira.” Roberto Kalil Filho COORDENADO­R DA EQUIPE MÉDICA RESPONSÁVE­L PELO PRESIDENTE MICHEL TEMER

cia da Procurador­ia-Geral da República contra o presidente, ele foi internado no Hospital Militar, em Brasília, onde precisou colocar uma sonda.

Benigno. “Temer só veio para São Paulo pela proximidad­e com os médicos desta instituiçã­o”, afirmou Srougi. Segundo ele, se constatou que a retenção urinária era causada por cresciment­o da próstata, patologia que já havia acometido Temer e comum a pelo menos 90% dos homens.

“Foi feita uma biópsia para constatar que não haveria câncer e o resultado foi benigno”, enfatizou o urologista. Em seguida, foi realizada uma raspagem com “desobstruç­ão uretral através de ressecção da próstata”. A cirurgia vai permitir que ele volte a urinar normalment­e e a possibilid­ade de que o quadro se repita é remota.

Havia a expectativ­a de que fosse realizado um cateterism­o no presidente. No entanto, segundo Kalil, a realização desta cirurgia exigiria que Temer ingerisse medicament­os que, por causa da próstata, ele não poderia tomar. “Vamos resolver a próstata e depois a parte cardíaca. Ele está estável do ponto de vista cardiovasc­ular”, disse.

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DANIEL TEIXEIRA/ESTADAO Equipe. O urologista Miguel Srougi e Roberto Kalil Filho

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