Ataque a hotel na Somália deixa 23 mortos e 30 feridos
Grupo radical Al-Shabab reivindicou autoria de explosão em local frequentado por políticos e empresários do país
Um ataque suicida com um caminhão-bomba do lado de fora de um popular hotel na capital da Somália, Mogadíscio, seguido por troca de tiros entre os agressores e a polícia deixou ao menos 23 mortos e 30 feridos ontem, informou a polícia.
Outras duas explosões na capital somali também foram registradas, uma delas quando um terrorista suicida detonou um colete-bomba, mas não há relatos de vítimas nestes casos. O grupo radical islâmico AlShabab reivindicou a autoria do ataque.
O hotel Nasa-Hablod é frequentado por ministros de governo, deputados e líderes empresariais da Somália. O ataque foi cometido apenas duas semanas depois do atentado mais mortífero da história do país, que deixou 358 mortos.
Em declarações à Associated Press na noite de ontem, o capitão Mohamed Hussein afirmou que 30 pessoas, incluindo funcionários do governo, foram resgatadas durante a troca de tiros com os extremistas no interior do hotel, localizado próximo ao palácio presidencial. Hussein informou também que três dos cinco responsáveis pelo ataque foram mortos pelas forças de segurança.
Entre as vítimas do ataque estariam uma mulher e seus três filhos, incluindo um bebê, que te- ria sido baleado na cabeça. O exdeputado Abdinasir Garane, um comandante da polícia e um exministro de governo também teriam morrido no atentado.
Mohamed Dek Haji, que sobreviveu à explosão, disse que estava ao lado de um carro, que ficou completamente destruído, quando o caminhão-bomba foi detonado. Ele relatou ter visto ao menos três homens vestidos com uniformes militares correrem em direção ao hotel.
Funcionários de segurança somalis disseram que o suicida que detonou o caminhão estacionou perto de uma das entradas do hotel e fingiu que o veículo tinha quebrado antes de acionar os explosivos.