O Estado de S. Paulo

BTG cogita expandir braço de resseguros para a AL

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OBTG Pactual avalia expandir a sua operação de resseguros, atualmente focada nos riscos do grupo no Brasil, para outros países da América Latina. A ideia é acompanhar a operação do banco na região com a oferta de garantias financeira­s para grandes projetos. O martelo, porém, ainda não teria sido batido. A instituiçã­o já tem aval do regulador local para operar na Colômbia e mira ainda Peru, México e Chile. Um dos atrativos da América Latina para o BTG Pactual é a baixa penetração do seguro garantia nesses países, devido à forte presença de fianças bancárias. São produtos similares, mas este último pesa no balanço das empresas, uma vez que é considerad­o como linha de crédito. Recentemen­te, o mercado de seguro garantia foi destravado no Chile e é esperado que o mesmo ocorra no Peru.

» Com que roupa eu vou. Uma das questões que o BTG Pactual precisa definir para partir para a América Latina com o seu braço de resseguros é se vai se aliar a um player local de seguros ou criar sua própria seguradora. Atualmente, a operação securitári­a do banco no Brasil está plugada na Pan Seguros, que foi adquirida em sociedade com a Caixa Econômica Federal como uma saída para aportar recursos no Banco Pan (ex-Panamerica­no). Até pouco tempo, o BTG tentava se desfazer da parte de varejo da seguradora, processo esse que foi iniciado após a crise que enfrentou com a prisão de André Esteves, mas não teve sucesso. Procurado, o BTG Pactual não comentou. » Quanto custa. O Banco Pan quer ao menos R$ 200 milhões por sua

participaç­ão na adquirente Stone. Os 10% que a instituiçã­o financeira detém devem passar para as mãos dos próprios acionistas da credenciad­ora, que é controlada pela Arpex Capital.

» Interessan­te. O preço, na visão de alguns especialis­tas do setor, é atrativo, consideran­do o market share da Stone, de ao redor de 4%, o que equivale a cerca de R$ 4 bilhões de um mercado que movimenta mais de R$ 1 trilhão por ano. Há ainda, nessa conta, a curva de cresciment­o da empresa.

» Alívio. Para o Banco Pan, a venda da fatia na Stone servirá de reforço para o seu capital, que está sob pressão diante das novas regras de Basileia III. Recentemen­te, a adquirente visitou fundos de private equity (que compram participaç­ões em empresas) em busca de novos aportes na operação. O mais recente permitiu a compra da Elavon. Em expansão, a Stone mira abrir capital no futuro. Procurados, Stone e Pan não comentaram.

» Papai Noel. Pouco a pouco, o empresário brasileiro tem aumentado sua confiança na economia. É o que mostra o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), calculado pela Confederaç­ão Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que será publicado nesta segunda-feira, dia 30. O indicador subiu 9,7% em outubro em relação ao mesmo período de 2016. Neste ano, uma diferença é a intenção de investir no reforço dos estoques, de olho nas vendas de final de ano: o aumento foi de 3,9% na mesma base de comparação.

» Mais compras. A Black Friday, que entrou para o calendário tradiciona­l do varejo brasileiro, deve gerar mais de R$ 2,5 bilhões em negócios para o comércio eletrônico neste ano. A estimativa é da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) e indica expansão de 18% em relação às vendas do evento no ano passado, quando a alta foi de 12%.

» Aos milhares. Nesta edição, o número de pedidos nas lojas virtuais, segundo a entidade, deve ultrapassa­r o patamar dos 10 milhões, com tíquete médio de R$ 246. A previsão leva em conta as compras feitas entre os dias 20 e 24 de novembro.

» Carona. A Easy Taxi, que comprou a Cabify, contratou a acelerador­a Orgânica para promover o cresciment­o de suas operações também na Argentina, Colômbia e México, onde já atua.

» Oportunida­de. A acelerador­a, focada na chamada Nova Economia, está por trás do cresciment­o de vários grandes nomes, como Netshoes, Banco Modal, Superbid, Empiricus e Dr. Consulta. Mas a empresa vinha operando, até agora, somente no Brasil. O acordo com a Easy Taxi abriu uma nova frente de negócios para a própria Orgânica, que passará a atuar também na região da América Latina.

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FERNANDO CASAGRANDI
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MARCELO S. CAMARGO/FRAMEPHOTO–3/3/2016
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KEINY ANDRADE/ESTADÃO–17/7/2009

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