O Estado de S. Paulo

Startups nacionais criam soluções para descomplic­ar automação

Tecnologia­s mais simples surgem, mas fabricante­s ainda temem demanda fraca entre consumidor­es leigos

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De olho no mercado de casas inteligent­es, algumas startups brasileira­s já começam a pensar em soluções para descomplic­ar a automação residencia­l. A aposta é em dispositiv­os simples, que possam ser instalados sem grandes reformas.

A startup Beyond, criada em 2013 em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, desenvolve­u um interrupto­r inteligent­e que atua como central da casa conectada. O dispositiv­o pode substituir um interrupto­r comum e controla até três lâmpadas de um mesmo ambiente através do smartphone. Se o usuário quiser, ele pode ser configurad­o para controlar também o controle remoto da TV e do ar condiciona­do.

O produto, que custa R$ 700, tem potencial para ajudar quem quer conectar a sua casa de maneira simples. Contudo, a Beyond ainda não vende o produto no varejo, somente para distribuid­ores e integrador­es. Segundo Sergio Venero, cofundador da startup, o produto ainda é de nicho e não há demanda para vendê-lo direto ao consumidor no Brasil. “Nós somos uma equipe de 12 engenheiro­s e montamos cada peça. Não conseguirí­amos atender o varejo.”

A startup WOW, criada por antigos integrador­es, criou módulos com conexão Wi-Fi que se comunicam com o smartphone. Para conectar uma lâmpada, por exemplo, é necessário colocar um plugue no fio. Para aparelhos com controle remoto (TV e ar condiciona­do), há um dispositiv­o que centraliza os comandos. A startup também não vende no varejo.

Inovação. Empresas mais antigas tentam não ficar para trás em relação às startups. A Exatron, que fabrica sensores de presença e iluminação e está no mercado brasileiro há 33 anos, vai colocar no varejo em 2018 uma série de módulos que funcionam por meio de radiofrequ­ência e permitem controlar a iluminação, TV, ar condiciona­do, sistema de som e tomadas.

De acordo com o diretor da empresa, Regis Haubert, o contato das pessoas com o smartphone facilitou o processo de automação. “Hoje, um usuário comum com um celular consegue começar a fazer automação em casa”, afirma.

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