O Estado de S. Paulo

‘Stranger Things’, entre sombras e amor

- / P.A.

O Mundo Invertido está cada vez mais ameaçador. Sua ameaça, mais próxima. Os irmãos Duffer prometeram uma nova temporada mais sombria. Stranger Things, de volta à Netflix desde as 5h desta sexta-feira, 27, entrega a escuridão. Não é só isso, contudo – e ainda bem.

A vida do trio de amigos Mike (Finn Wolfhard), Dustin (Gaten Matarazzo) e Lucas (Caleb McLaughlin), mesmo com o retorno de Will (Noah Schnapp), cujo sumiço foi o propulsor da primeira temporada, será dura. Will, caso não se lembre, foi parar no Mundo Invertido, a realidade paralela de onde surgiu o monstrengo com cara de flor conhecido como Demogorgon, e que parece sugar a vitalidade do nosso lado, o “não invertido”. Ao final do último episódio da primeira temporada, Will mostrava que não seria o mesmo.

Na trama, pouco menos de um ano se passou e Hawkings, a cidadezinh­a escolhida para ser invadida pelos monstros mais terríveis do Mundo Invertido. Eleven, a adorável e poderosa personagem vivida por Millie Bobby Brown, está distante dos seus amigos. Will, por sua vez, transita, a contragost­o, pela nossa realidade e a outra, mais ameaçadora do que nunca. Com a proximidad­e de um possível apocalipse na forma de um novo monstrengo, as bizarrices parecem pipocar com mais frequência do que o que se considerou normal.

Stranger Things 2, como a nova temporada é chamada, é uma série adulta protagoniz­ada por crianças. E, portanto, se permite brincar com o medo e a nostalgia com maestria – há poucas séries que são capazes de tocar em dois sentimento­s tão básicos da humanidade. Com seus muitos personagen­s já estabeleci­dos, os irmãos Duffer, criadores e roteirista­s da série, mexem o tabuleiro e acrescenta­m um tempero a mais: o amor.

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