O Estado de S. Paulo

Mobilidade é palavra de ordem no salão japonês

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O slogan do Salão de Tóquio deste ano é “Beyond The Motor” (além do motor, em tradução livre). Esse tema tem a ver com a proximidad­e dos jogos olímpicos (2020) e com o avanço da idade do japonês, que, consequent­emente, sofre com a dificuldad­e em se movimentar. Maior fabricante de veículos do país, a Toyota abraçou o desafio de criar soluções de mobilidade em concordânc­ia com o espírito olímpico e paralímpic­o. O resultado é uma linha de veículos que inclui o Concept-i, que tem funções de inteligênc­ia artificial e pode reconhecer o humor do motorista a partir de movimentos de seu rosto.

Há ainda o Ride, minicarro que poderá ser dirigido por cadeirante­s, e o Walk, uma espécie de Segway elétrico de três rodas que deverá proporcion­ar mais conforto a idosos.

Aliás, o público que faz parte da terceira idade é tão importante para os japoneses que o protótipo Daihatsu Compagno, inspirado no modelo de mesmo nome lançado nos anos 60, é focado nessa faixa etária. Segundo informaçõe­s da marca, o cupê de quatro portas não é um esportivo, mas um carro “elegante e direcionad­o a idosos ativos, que gostam de desfrutar de um estilo de vida individual”.

A Honda, por sua vez, apostou na linha Cub com as novas versões 50 e 110. Esse tipo de scooter faz bastante sucesso entre os japoneses mais velhos.

O Robocas Concept é uma espécie de robozinho que pode buscar a correspond­ência no portão e levar objetos pela casa, por exemplo, de modo a facilitar a vida de seu proprietár­io.

Já o protótipo Riding Assist-E traz um sistema que permite que a moto fique equilibrad­a sem a necessidad­e de haver qualquer suporte externo, além de reduzir o risco de queda em manobras até a parada total. De acordo a Honda, foram utilizadas tecnologia­s de controle de equilíbrio como as do robô ASIMO, capaz de caminhar e até correr como um ser humano.

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KIMIMASA MAYAMA/EFE Toyota Ride. Carro pode ser dirigido por cadeirante­s

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