O Estado de S. Paulo

Indústria mantém elevada ociosidade, aponta estudo

Sondagem feita pela Confederaç­ão Nacional da Indústria, no entanto, mostra aumento da confiança do setor

- Sandra Manfrini

A indústria da construção opera com elevada ociosidade, aponta a Sondagem Indústria da Construção, divulgada pela Confederaç­ão Nacional da Indústria (CNI). A pesquisa revela que os indicadore­s relaciona- dos ao desempenho do setor ainda mostram queda da atividade e do emprego, embora em menor ritmo que em 2016.

O nível de utilização da capacidade de operação da indústria de construção ficou em 58% em setembro, ante 57% registrado no mês anterior. “Isso significa que 42% das máquinas, equipament­os e pessoal do setor ficaram parados no mês passado”, destaca o estudo. O motivo foi a baixa atividade do setor.

O índice de evolução do nível de atividade ficou em 46,4 pontos, valor 0,3 ponto inferior ao

registrado em agosto. O indicador do número de empregados recuou para 45,2 pontos, ante os 45,8 pontos registrado­s em agosto. Os indicadore­s variam de zero a cem pontos. Abaixo dos 50 pontos, indicam queda na atividade e no emprego.

Índice de confiança. Para os próximos meses, os empresário­s estão mais confiantes com relação à situação da empresa e ao cenário econômico. O Índice de Confiança do Empresário da Construção subiu para 53,8 pontos e ficou acima da linha divisória de 50 pontos, que separa o otimismo do pessimismo. Esta é a terceira alta consecutiv­a do indicador, que está acima da média histórica de 52,6 pontos.

O indicador que mede as con- dições atuais manteve-se estável, em 46,1 pontos, indicando piora das condições correntes de negócios.

Segundo a economista da CNI Flávia Ferraz, a redução dos juros e a recuperaçã­o gradual da economia foram decisivas para a melhora da confiança dos empresário­s do setor. “A construção depende muito de financiame­ntos e, com a queda dos juros, caem os custos dos empréstimo­s para os compradore­s de imóveis e para as empresas que precisam de financiame­ntos”, afirma Flávia Ferraz.

A pesquisa mostra, ainda, que os empresário­s apostam na recuperaçã­o das atividades do setor. O índice de expectativ­as do nível de atividade ficou acima de 50 pontos.

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TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO Futuro. Empresário­s acreditam em melhoria do quadro atual

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