Marcas de moda encontram público-alvo e formam clientela
Empresas lançadas nos eventos conquistam cliente fiel e criam loja física, mas continuam nos encontros
Em dezembro de 2015, a estilista Manoela Abitibol lançou a marca Manu Manu, após desfazer uma sociedade. “Participava de feiras com a outra marca, mas nesses eventos não encontrava pessoas com perfil para ser meu público. Com a Manu Manu resolvi participar de poucos, mas bons eventos.”
A empresária diz que ao conhecer a proposta do Coletivo Carandaí 25 ficou encantada. “Apresentei algumas peças à curadora e fui selecionada. Em abril de 2016, tive a primeira participação. Agora, estou indo para a 9ª edição. Por meio do coletivo, encontrei meu público-alvo e formei clientela.”
Segundo ela, a marca trabalha com algodão, seda e linho. “Produzo para mulheres que gostam de produtos de boa qualidade, prezam pelo bom acaba- mento e estão dispostas a pagar um pouco mais por uma peça com estilo e durabilidade.”
Manoela conta que no início de novembro vai inaugurar sua primeira loja, em Ipanema. “Mesmo com loja própria, vou continuar participando do Coletivo, porque ele gera um pósvenda incrível”, afirma.
Depois de um período de questionamento sobre o que queria da vida, a publicitária Aline Tassar entendeu que fazia mais sentido para ela deixar a profissão e criar um negócio social. “Lancei a marca Bossa Social que produz peças ‘curingas’ para o guarda-roupa feminino. A maior parte da produção é feita por pequenos produtores. Seguimos os princípios do comércio justo, isso significa que só trabalhamos com costureiras independentes ou confecções que mantêm pessoas registradas, pagando valor justo pelo trabalho, porque no mercado da moda é comum encontrar profissionais que não têm seus direitos respeitados.”
Aline diz que há uma estilista que dá vida às suas ideias. “Todo o direcionamento de produto é meu. Comecei com loja onli- ne, mas percebi que precisava manter contato pessoal com o público. Participar do Coletivo Carandaí 25 tem sido muito importante, porque é um evento que reúne grande número de pessoas, com perfil de nosso público-alvo.”
A empresária conta que há dois meses abriu a primeira loja Bossa Social. “O interessante é que, apesar de fazer pouco tempo, 60% das pessoas que chegam à loja já conhecem a marca, por conta do Coletivo. Esse fato comprova o quanto ele nos ajudou a construir a marca.”
Segundo ela, esse tipo de evento faz muita diferença para impulsionar os pequenos e gerar oportunidade para quem está começando. “O evento acelerou nosso processo de crescimento. Além disso, acho que a crise deu força para impulsionar a economia criativa, fazendo o Coletivo ganhar força.”