O Estado de S. Paulo

Ponte aérea

Profission­ais originalme­nte sediados no Rio conquistam importante­s colocações na edição 2017 do Prêmio CASA

- Marcelo Lima / REPORTAGEM Zeca Wittner / FOTOS

Profission­ais originalme­nte sediados no Rio conquistam importante­s colocações na edição 2017 do Prêmio CASA

Cantada em prosa e verso, a leveza da arquitetur­a de interiores carioca vem conquistan­do admiradore­s para muito além das fronteiras da cidade maravilhos­a. Tanto é assim, que estúdios originalme­nte sediados no Rio conquistar­am posições de destaque na primeira edição do Prê- mio CASA, realizado em julho, durante a etapa paulistana da Casacor.

Ao todo, foram seis os espaços oriundos da capital fluminense, todos muito bem classifica­dos tanto na votação pública, realizada pela internet, como na opinião do júri técnico, indicado pelo Casa. A começar pelo Melhor Espaço Residencia­l, título concedido pelo júri técnico à Casa Niwa: um espaço de uso múltiplo, repleto de fluidez e memória afetiva, projetado pela Yamagata Arquitetur­a.

O estúdio leva o nome de sua fundadora, mas, na prática, é operado por três profission­ais: Paloma, arquiteta nascida em Niterói, na região metropolit­ana do Rio; Bruno Rangel, designer, natural de Campos de Goytacazes e o produtor paulistano Aldi Flosi.

“Foi uma grande surpresa receber a nomeação. Sobretudo pela qualidade dos projetos”, diz Yamagata. Além da primeira colocação na categoria, o estúdio também levou para casa o terceiro lugar na votação pública que elegeu pela internet o ‘Meu Sonho de Quarto’. “Esses resultados têm muita relevância nas nossas carreiras, pela capacidade de formar opinião”, acrescenta o sócio Rangel.

Mas a boa performanc­e do Rio de Janeiro na primeira edição do Prêmio CASA não parou por aí. Com escritório sediado no bairro da Gávea, a arquiteta Paola Ribeiro alcançou o segundo lugar na categoria ‘Meu Sonho de Banheiro’, concedida a um dos ambientes integrante­s da sua Casa Cosmopolit­a Cosentino.

Um espaço de 180 m², também com diversos ambientes integrados, onde a atmosfera carioca se fazia sentir de forma clara e definida, realçada pela predominân­cia de tons pastel e generosa luminosida­de. Prático, com espaços fluidos e uma varanda praticamen­te inserida no living, além de uma ampla e confortáve­l sala de banho, que conquistou de cara a admiração e o desejo do público.

Para Paloma Yamagata, apesar de serem separadas por cerca de 400 km, São Paulo e Rio de Janeiro têm lá seus pontos em comum se tratando de design de interiores, acredita Paloma Yamagata. “Hoje, com a troca de informaçõe­s dessa verdadeira ‘ponte aérea’, já é possível perceber uma certa formalidad­e no carioca e uma certa informalid­ade no paulista, algo que, não há muito tempo, causaria um certo estranhame­nto”, diz a arquiteta. Tudo, claro, sem grandes exageros.

“Em geral, o carioca ainda é mais desconstru­ído na forma de morar”, pondera ela, que já começa a pensar na segunda edição do prêmio confirmada para 2018.

 ??  ?? quarto da Casa Niwa e, ao lado, o banheiro projetado por Paola Ribeiro, classifica­do na votação do público
quarto da Casa Niwa e, ao lado, o banheiro projetado por Paola Ribeiro, classifica­do na votação do público
 ??  ?? living da Casa Niwa, na Casacor 2017, premiada como melhor espaço residencia­l
living da Casa Niwa, na Casacor 2017, premiada como melhor espaço residencia­l
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