ASSALTO, LUPA E SUPER-HERÓIS NA SAGA DA PROVA
Candidatos enfrentaram diversos obstáculos
Odia mais importante do ano para milhares de estudantes do País é um momento de superação não só dentro da sala de aula. Em Bauru, por exemplo, o candidato Nicolas Azevedo, de 18 anos, foi assaltado quando seguia para o local de provas e o criminoso levou sua carteira com os documentos. Ele ainda seguiu até o prédio e conseguiu entrar, mas foi impedido de fazer a prova por estar sem a documentação.
Os fiscais exigiram que ele comprovasse o assalto por meio de um boletim de ocorrência, mas o estudante não conseguiu o documento.
Na frente de um dos locais de prova, três super-heróis bem humorados incentivavam os alunos. “Viemos defender os atrasados. Só sendo super-herói para conseguir nota na Redação”, brincou um dos integrantes do grupo.
Em Piracicaba, a candidata Rina de Cássia Prates, de 43 anos, teve de sair da sala porque foi impedida de usar a lupa que levou para enxergar as questões. Ela descobriu que sofre de catarata precoce, doença que afeta a visão, e precisa de cirurgia. Enquanto espera o procedimento, foi orientada pelo oftalmologista a usar o aparelho para enxergar melhor.
Apoio. Mas nem tudo foi decepção. A recém-nascida Alice tem 3 meses, mas já foi fazer a prova com a mãe. Elane Souza, de 39, foi com o bebê de colo e o marido para a segunda fase da prova, na Faculdade Estácio, no Rio Comprido, zona norte do Rio. Os três conseguiram entrar juntos porque, na inscrição, Elane disse que estava amamentando.
Seu marido, Marcelo Lago, de 37, entrou com as duas e ficou com Alice em uma sala reservada ao lado da prova. Antes de dar o sinal do início do exame, às 13h30, Elane amamentou e entregou Alice para o pai. “Foi complicada a distância porque a gente nunca tinha ficado tanto tempo longe assim uma da outra.”