O Estado de S. Paulo

Relaxar na areia, cantar no karaokê, mergulhar...

-

Achou Manila um pouco demais? Talvez seja. Mas as Filipinas são como um quebra-cabeças. Pertinho da metrópole agitada existem ilhas de sossego. Em pouco mais de 1 hora de voo da capital, você pode alcançar lugares idílicos como a Ilha de Boracay. Esqueça Porn Star e Jesus Christ atrapalhan­do o tráfego. Em Boracay, você verá tuktuks, estradas de terra e o azul e cristalino Oceano Pacifico.

Para chegar até lá, basta pegar um voo curto para a cidade de Caticlan. Do pequeno aeroporto, uma van (ônibus ou triciclo) leva até o píer de Boracay (os preços variam, mas tenha em mente que não se deve gastar mais de US$ 6 nesse trajeto). Dali, é preciso seguir de barco até seu destino na ilha, que vai custar mais uns US$ 3. Parece sofrido, mas a paisagem e o combo van e barco já fazem parte da diversão.

Os melhores meses para aproveitar o que de melhor Boracay tem pra oferecer são novembro e maio. Nesse período, chove pouco e o sol bate cartão. Mesmo na alta temporada, é possível encontrar hospedagem para mochileiro­s (de US$ 30 a US$ 50 a diária) e resorts cinematogr­áficos (que partem de US$ 150 a diária).

Casais em lua de mel e famílias costumam optar pelos resorts – que têm um apelo romântico e recheiam o dia com atividades seguras e relaxantes. Piscinas que desembocam no mar, massagens de 1 hora e caminhadas por um cenário de floresta tropical estão entre as opções. Também não é difícil encontrar homens de negócio que saem de uma semana estafante em Hong Kong, a menos de três horas dali, e vão esfriar a cabeça em Boracay. Fazer nada é um programa interessan­te por lá.

Viajantes solitários ou os mais jovens podem preferir o agito do centro de Boracay. Barzinhos e restaurant­es se espalham pela orla. É divertido fazer um pinga-pinga, pulando de um para o outro: músicas pop em um, cerveja no outro, karaokê.

Quem não quiser fazer o périplo dos bares andando, pode pegar um tuk-tuk. Eles são baratinhos e podem ser compartilh­ados. Aliás, no caso de compartilh­ar um triciclo, aproveite para bater um papo com o motorista ou um passageiro local. Embora a língua oficial seja o filipino, o inglês é totalmente difundido entre a população (desde a 2.ª Guerra). A comunicaçã­o é fácil pra qualquer turista um com um pouco de inglês.

Boêmios acostumado­s com noitadas em grandes capitais podem achar a cena de Boracay meio morna. O fato é que a ilha é muito mais afeita à vida diurna. Acordar cedo é uma vantagem espantosa por lá – começando pela oportunida­de de ver o nascer do sol em pontos como a praia Bulabog.

Mas a faixa de areia mais famosa é a da Praia Branca, com seus 4 quilômetro­s de costa. O nome, claro, refere-se a cor da areia. Além de caminhadas à beira-mar, o turista pode gastar energia nas atividades marítimas. Agências de turismo oferecem dias inteiros de mergulho. Com um simples snorkel, você já tem acesso à riquíssima vida marinha (e se você tiver um equipament­o adequado vai poder tirar fotos incríveis). Além de mergulho, tem banana boat, stand up paddle, kitesurf, e todas aquelas atividades que eu, pessoalmen­te, prefiro acompanhar do barco.

Boracay é um clichê de paraíso. E isso, na verdade, não deve ser um problema. O que pode ter de errado em voar para o outro lado do mundo simplesmen­te para ficar de boa?

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil