3 PERGUNTAS PARA...
Edmarson Mota, do MBA em Desenvolvimento Humano da FGV
1. Como reter talentos que não têm a tradição do ‘casamento’ com a empresa?
Essa nova geração vive em um mundo em que as referências já não são mais duradouras, que a tecnologia instiga mudanças rápidas e a concorrência ganhou escala global. Por isso, para eles, tudo é muito efêmero e intenso. Não querem mais um trabalho para a vida toda, gostam de se engajar em projetos com duração limitada, de um ano ou de meses. Ao mesmo tempo, é uma geração muito bem informada
e que não aceita ser mandada.
2. Essa atitude ‘contagia’ os mais velhos?
Sim, podemos dizer: os millennials ‘contaminam’ a geração Y e até a X, gente por volta de 45 anos. E eu considero uma contaminação boa, porque esses jovens são corajosos e exigentes. Ao mesmo tempo, precisam cuidar da ansiedade: a maturidade profissional não se conquista com dois, três anos. Não dá para ser impaciente e querer isso rápido.
3. É uma geração que quer gerir, mas sem deixar a técnica?
Sim, pelo perfil pessoal e pelo formato do mercado. Pela hierarquia, o gestor não batia ponto porque ele controlava relatórios. Hoje essa parte é feita pelo sistema. Houve uma queda de níveis hierárquicos.