Governo admite que abertura está atrasada
Integrantes do governo brasileiro reconhecem que o País está atrasado em abrir o seu mercado e, com isso, desperdiça oportunidades de crescimento econômico. “Depois da abertura do mercado nos anos 1990, as tarifas de importação caíram muito pouco”, observou o secretário de Acompanhamento Econômico, Mansueto Almeida.
Ele considera que a maior integração comercial é essencial para impulsionar o crescimento. Citou como exemplo a Embraer, que compete no mercado mundial porque importa o que há de melhor para seus aviões (leia mais abaixo). Uma economia forte, disse, exporta muito, mas também importa muito.
Essa, porém, não é a realidade de toda a indústria. Setores mais afetados pela competição de importados apontam a elevada carga tributária, a infraestrutura ruim e a falta de crédito para justificar sua fragilidade.
Embora tenha caído duas posições no ranking global do relatório Doing Business, do Banco Mundial, o Brasil avançou dez posições em facilidade de comércio. Isso é resultado dos poucos avanços na implementação do Portal Único na época em que o relatório foi feito, segundo o secretário de Comércio Exterior, Abrão Árabe Neto. O Portal reúne as duas dezenas de órgãos públicos que atuam no comércio exterior.
O atual governo também busca ampliar os acordos comerciais do Brasil. O maior deles é o do Mercosul com a União Europeia. Estão na mira o Canadá, o Efta (Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein), a Coreia do Sul e os países da Asean (Tailândia, Filipinas, Malásia, Cingapura, Indonésia, Brunei, Vietnã, Mianmar e Laos).