A despedida de Malcolm Young
Músicos reverenciam o fundador do AC/DC, morto aos 64 anos
Homenagens para Malcolm Young, cofundador do AC/DC, se acumularem neste domingo, 19, um dia depois de sua morte aos 64 anos, após uma década de sofrimento por conta da demência. Gigantes da música utilizaram as redes para expressar seu choque e saudaram a influência duradoura de Young.
“Tão triste em saber da morte de mais um amigo”, tuitou Ozzy Osbourne. Eddie Van Halen disse que era “um dia triste para o rock and roll”, acrescentando: “Malcolm Young foi meu amigo e o coração e alma do AC/DC. Tive alguns dos melhores momentos da minha vida com ele na nossa turnê europeia de 1984. Sentiremos saudades e envio minhas mais profundas condolências para sua família, colegas de banda e amigos”.
Dave Mustaine, do Megadeth, disse não ter palavras para expressar a tristeza. “De maneira agridoce, estou feliz que ele está livre da demência e no Paraíso com Bon Scott e seu irmão George. Devo muito a Young.”
Guitarrista da E Street Band, Steven Van Zandt disse à revista Rolling Stone que “Malcolm era o guitarrista base essencial da maior banda de hard rock da classe trabalhadora do mundo”. Slash, do Guns n’ Roses, também afirmou à revista que Young era um dos “maiores guitarristas base da história do rock and roll”.
Os irmãos Young formaram o AC/DC na Austrália em 1973, e logo criaram uma audiência fiel com o som despojado de guitarras e bateria trovejantes, uma linha de baixo pulsando e as letras sobre a vida difícil e o espírito do rock and roll. “Malcolm sempre diz que qualquer coisa que tocamos tem que soar dura”, disse Angus em uma entrevista em 1996.
O AC/DC vendeu algo em torno de 200 milhões de álbuns, com Back in Black, de 1980, representando um quarto desse total. O grupo foi induzido ao Hall da Fama do Rock and Roll em 2003.
O som básico da banda foi construído nas guitarras gêmeas dos irmãos Young – Angus começou a ganhar os holofotes com o seu uniforme escolar e a caminhada no palco, inspirada em Chuck Berry, mas fãs e críticos nunca deixaram de concordar que Malcolm era o músico essencial do grupo, com um infalível senso de ritmo e riffs.