O Estado de S. Paulo

Senado ameaça votar Previdênci­a em março

- ANDREZA MATAIS TWITTER: @COLUNADOES­TADAO COM NAIRA TRINDADE E LEONEL ROCHA COLUNADOES­TADAO@ESTADAO.COM POLITICA.ESTADAO.COM.BR/BLOGS/COLUNA-DO-ESTADAO/

Ao contrário do que o governo deseja, a votação da reforma da Previdênci­a deve se arrastar para março do ano que vem. Se passar na Câmara na primeira semana de dezembro, a tramitação no Senado só deve ser concluída no último trimestre de 2018. A aliados, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), tem dito que as mudanças no INSS tramitam na Câmara há mais de um ano e os senadores não vão votar a matéria a toque de caixa. A posição do Senado também é um recado ao governo, que prioriza a Câmara na reforma ministeria­l.

» Pacote pronto. O novo texto da reforma da Previdênci­a vai permitir o acúmulo de aposentado­rias com pensão de, no máximo, dois salários mínimos. O DEM vai tentar elevar o teto para três mínimos, mas o governo não aceita mexer nesse ponto.

» Como fica. A idade mínima será de 53 anos (mulheres) e 55 anos (homens) para todos os trabalhado­res. A exigência passa para 62 anos (mulheres) e 65 anos (homens) em 20 anos. A aposentado­ria rural continua como está.

» Três é demais. As conversas para definir o deputado do PMDB para a Secretaria de Governo esbarraram numa constataçã­o: o excesso de peemedebis­tas dentro do Planalto. Moreira Franco e Eliseu Padilha são filiados à legenda.

» Por W.O. O PMDB na Câmara também não chegou a consenso sobre o nome para a vaga. Enquanto isso, o tucano Antonio Imbassahy ganha sobrevida na Secretaria de Governo.

» Unanimidad­e. O polêmico discurso de posse do novo diretor-geral da PF, Fernando Segovia, incomodou delegados que não gostaram de vê-lo comentar investigaç­ões em curso.

» Mesmo time. Segovia está sendo comparado na corporação ao seu chefe, Torquato Jardim (Justiça), que se notabilizo­u por declaraçõe­s atrapalhad­as.

» Rumo a 2018. Em jantar com o setor varejista do Distrito Federal, ontem, ao ser chamado para discursar, o ministro Henrique Meirelles (Fazenda) foi ovacionado pela plateia ao som de “presidente”.

» Polêmica. O julgamento do pedido de habeas corpus do ex-ministro Antonio Palocci traz embutido uma outra discussão relevante pelo plenário do Supremo.

» Divisão. Os ministros vão decidir se após julgamento de HC pelo STJ ainda cabe recurso ao Supremo. A 1.ª Turma já não aceita, posição que diverge da que vem sendo tomada pela 2.ª Turma do STF.

» Mesma língua. A presidente do Supremo, Cármen Lúcia, vai provocar a discussão para que se tome uma decisão única na Corte.

» Com foro, de novo. Investigad­o pela Lava Jato, o exdeputado Sandes Júnior (PP-GO) deve voltar à Câmara. Ele é o primeiro suplente do deputado Alexandre Baldy, que vai assumir o Ministério das Cidades.

» Exemplo. O juiz do Maranhão Carlos Roberto Gomes de Oliveira Paula abriu mão de receber todos os auxílios extras, incluindo a “bolsa livro”, devido às “justas críticas da população quanto a esses pendurical­hos”. O juiz, que é irmão do humorista Chico Anysio, deixará de receber R$ 5 mil.

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EVARISTO SA/AFP » CLICK. A gravata usada pelo ministro Torquato Jardim, que reproduz o quadro ‘A cadeira de Van Gogh com cachimbo’, chamou atenção na posse do novo diretor da PF.

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