Alckmin afirma apoiar entrada de Huck na política
No Recife, onde se encontrou com Renata Campos, tucano diz ser a favor da tese de estimular novos líderes
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou na manhã de ontem que apoia a entrada do apresentador Luciano Huck na política.
“A política não pode ser um clube de má fama, que ninguém quer participar”, disse Alckmin, antes de embarcar de volta à capital paulista, após cumprir uma agenda intensa no Recife desde anteontem. O tucano afirmou ser da tese de estimular novas lideranças.
Para o governador, “a pior política é a omissão”. “Então acho muito positivo que as pessoas queiram participar. Se vão ser candidatos, candidatas e a que vão é outro problema.” Huck é cotado para disputar a Presidência em 2018. PPS e DEM já teriam oferecido a ele a legenda.
Alckmin, que é pré-candidato do PSDB para a disputa presidencial, afirmou que o desejo de Huck, se confirmado, e de outras pessoas de fora da política de se candidatarem está diretamente ligado à descrença da população a respeito do trabalho e da atuação dos políticos.
“Há de se reconhecer que o modelo político nosso se exauriu. Infelizmente a reforma política não aconteceu”, disse o tucano. E completou: “Santo Agostinho dizia que a política bem-feita é o ponto alto do amor ao próximo”.
Café. Como parte da agenda na capital pernambucana, Alckmin se encontrou, na tarde de anteontem, com Renata Campos, viúva do ex-governador Eduardo Campos (PSB), morto durante a campanha presidencial de 2014. Considerada herdeira da força política de Campos no Estado, Renata exerce influência direta nas decisões do PSB não só em Pernambuco, mas no contexto nacional.
A “visita cordial”, como definiu Alckmin, foi mais um batepapo do que uma reunião política, regado a café, bolo de rolo e conversas de família. Renata cumpriu o script da cordialidade, sem se comprometer com apoio em 2018.