O Estado de S. Paulo

‘Acredito que seremos vistos de outra forma no ano que vem’

Jogador acredita que em 2018 o Corinthian­s será o time a ser batido e afirma que o foco será a disputa da Libertador­es

- Daniel Batista

Titular absoluto durante toda a temporada, Rodriguinh­o projeta um 2018 bem diferente em relação ao que o Corinthian­s viveu neste ano – a “quarta força”, como foi chamado, será o time a ser batido. Além disso, o sonho de disputar a Copa na Rússia, parece algo cada dia mais distante para o jogador. Em entrevista ao Estado, o meia falou sobre o futuro, Libertador­es, pressão e brincou sobre a festa pelo título.

Ter sido campeão de forma antecipada dá um alívio?

Com certeza. Agora ninguém pode reclamar que estou bebendo, de ressaca e nem nada. Passamos à noite em claro após o jogo, até pela adrenalina que foi e ser campeão com a família no estádio é ainda mais especial.

Outros atletas corintiano­s falam que o jogo com o Palmeiras foi o mais marcante. Concorda? Foi porque a gente ganhou. Se tivéssemos perdido, teria sido o pior adversário naquele momento. A vitória naquele jogo (do segundo turno) deu uma motivação extra e a partir daquele momento, as coisas viraram, emplacamos uma sequên- cia de vitórias e a torcida veio junto com a gente.

Esse ano teve proposta da Turquia e você ficou. Permanece para o ano que vem?

Eu tenho contrato até o fim de 2019 e estou muito feliz aqui. O ano foi excepciona­l e esperamos que o próximo seja de glória também. Eu só saio se for algo muito bom para mim e para o clube. Estou com a cabeça totalmente focada em cumprir o contrato e ajudar o Corinthian­s a conquistar títulos.

O Corinthian­s passou o ano todo sendo menospreza­do, a história da “quarta força”. Em 2018 será diferente?

Falar que não tem cobrança aqui é brincadeir­a. Aqui, sempre a cobrança é grande, independen­te de qualquer coisa. Teve um momento do campeo- nato que caímos de rendimento no segundo turno e a cobrança foi excessiva. Éramos o primeiro colocado, campeão paulista, com boa vantagem para o segundo lugar, e as críticas eram pesadas. Vai ser sempre assim e acredito que seremos vistos de outra forma no ano que vem.

O foco será na Libertador­es? Claro, sempre é. Acredito que todas as equipes pensam as- sim. Mas é importante destacar que vamos entrar em todas as competiçõe­s para ganhar.

O Corinthian­s não teve bom desempenho nos mata-matas no ano, algo fundamenta­l na Libertador­es. Como melhorar isso? Quando jogamos em Itaquera nós somos fortes. Se a gente tiver uma consciênci­a para jogar fora de casa com inteligênc­ia e fazer o resultado no nosso estádio, somos sérios candidatos a triunfar em várias competiçõe­s. Esse ano, a Sul-Americana não foi prioridade, já que estávamos na briga pelo Brasileiro, então talvez não tenhamos entrado com a concentraç­ão necessária.

Ir para a Copa na Rússia está nos seus planos? Complicado falar sobre isso. Sei que tem jogadores à frente. O Tite é muito coerente nas coisas que ele faz e eu tive a minha oportunida­de, mas depois não tive uma crescente como o esperado. Por isso, as convocaçõe­s não vieram, outros jogadores foram e aproveitar­am a chance. Então acho que a situação é mais complicada.

Entende que caiu de rendimento no meio da temporada?

O grupo inteiro caiu de produção e acho que eu não estava na mesma forma que me apresentei no primeiro turno, por isso não voltei para a seleção brasileira.

Ajudar o Jô a ser artilheiro é a meta para o fim de ano?

Sim, seria a forma de coroar uma campanha sensaciona­l.

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DANIEL AUGUSTO JR. / AG. CORINTHIAN­S–17/10/2017 Copa. Rodriguinh­o teve chance na seleção, mas não se firmou

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