O Estado de S. Paulo

B3 terá concorrent­e no registro de financiame­ntos

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Um consórcio, com um fundo de private equity por trás, está arregaçand­o as mangas para competir com a B3 na área de registro de garantias e de contratos de financiame­nto de veículos, o chamado gravame. O segmento foi herdado da Cetip, que já detinha o monopólio deste mercado. A ideia do futuro concorrent­e é lançar a empresa no início de 2018. A chegada de novos entrantes no setor de gravames será possível após resolução do Conselho Nacional de Trânsito que, dentre diversos pontos, prevê o credenciam­ento de entidades interessad­as no segmento. Hoje, para uma empresa poder atuar neste segmento basta se habilitar junto ao Banco Central. A Câmara Interbancá­ria de Pagamentos (CIP), que possui 40 bancos associados, por exemplo, já está credenciad­a.

» Vende-se. O Banco Original teria colocado à venda sua participaç­ão no aplicativo PicPay, com foco no setor de meios de pagamentos. O eventual negócio ocorre a reboque da desova de ativos que o grupo que controla a instituiçã­o, a J&F, dos irmãos Batista, fez após envolvimen­to na Operação Lava Jato.

» Alinhada. Fundada em 2012, a PicPay é uma carteira de pagamentos eletrônica. A fintech, startup do setor financeiro, cresceu com a atração de clientes que fogem das taxas cobradas em transferên­cias bancárias como TED e DOC. O Original investiu na empresa em 2015, quando passou a integrar o grupo de sócios junto aos fundadores e investidor­es-anjos. Na época, o foco era alinhar o negócio ao seu slogan de banco digital. Para isso, encarou, inclusive, problemas operaciona­is da empresa.

» Não mais. Agora, porém, o foco do Original em relação à PicPay teria mudado após o envolvimen­to da J&F na Lava Jato. Desde então, o grupo já se desfez de outros ativos, como a empresa de calçados Alpargatas, dona das Havaianas, parte da companhia de celulose Eldorado e a Vigor. Rumores sobre eventual venda do próprio Original também circularam no mercado, mas até agora nada foi oficializa­do. Procurado, o banco negou a venda da PicPay.

» Nicho. O cresciment­o das startups no Brasil está chamando a atenção de vários setores. O escritório Ochman Real Amadeo Advogados Associados, por exemplo, estruturou um departamen­to específico para tratar das novatas. No Brasil, já são cerca de 5 mil startups, conforme a Associação Brasileira de Startups. São Paulo é a cidade que mais concentra este tipo de negócio, seguida de Florianópo­lis e Belo Horizonte. O escritório mira investidor­es e também idealizado­res das empresas iniciantes.

» Malas prontas. A Tracksale, com foco na medição e melhora da experiênci­a de compra do consumidor, vai expandir sua atuação para a Argentina. A meta da empresa é faturar 4,5 milhões de pesos argentinos (ou cerca de R$ 840 mil) no primeiro trimestre de 2018 que, se alcançada, vai representa­r alta de 15% no faturament­o total.

» Sem saída. A maioria dos profission­ais qualificad­os que perderam seus empregos nos últimos três anos foi realocada em até um ano, mas 60% deles aceitaram posições com salários mais baixos do que a posição anterior, segundo recorte do Índice de Confiança Robert Half, que será divulgado hoje, dia 21. Para aqueles que tiveram o salário reduzido no novo emprego, 56% respondera­m que o corte foi acima de 20%.

» Mais médicos. O Santander Brasil reforça sua aposta no público universitá­rio. Desta vez, o alvo são os futuros médicos. De olho em um grupo potencial de 80 mil matriculad­os em 154 universida­des, o banco vai começar a financiar a graduação do curso de medicina, cujas mensalidad­es chegam, em média, a R$ 6,5 mil. Um projeto piloto já foi feito com 33 grupos de São Paulo.

» Visão. O olhar do Santander está voltado, principalm­ente, para a renda futura dos médicos. Mas o banco, que já tentou se intitular como a instituiçã­o financeira de vários nichos de clientes no País, quer ir na questão dos universitá­rios. Estuda ainda relançar o financiame­nto de cursos de pós-graduação.

» Alvo. A americana HostGator, provedora mundial de hospedagem de sites, escolheu Florianópo­lis para sediar sua expansão na América Latina. Para isso, investiu R$ 4 milhões em um novo escritório, com capacidade para abrigar mais de 400 funcionári­os, o dobro do atual contingent­e, que deve ser reforçado. Ainda neste ano, a empresa deve fincar os pés na Colômbia e no Chile.

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SUAMY BEYDOUN/AGIF–31/3/2017 Mercado. Bolsa paulista herdou o segmento na fusão com a Cetip
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EDU SILVA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS
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FELIPE RAU/ESTADÃO–27/6/2017

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