‘Não fui avisado’, diz curador do Queermuseu
Gaudêncio Fidelis afirma que ninguém o comunicou sobre a condução coercitiva marcada para amanhã, na CPI sobre Maus-Tratos
O curador gaúcho da exposição Queermuseu – Cartografias da Diferença na Arte Brasileira, Gaudêncio Fidelis, afirmou na tarde desta segunda-feira (20) ao Estado, que ainda não foi comunicado oficialmente sobre sua condução coercitiva para depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre Maus-Tratosnesta quinta-feira (23), no Senado em Brasília. “Nem eu, nem meu advogado recebemos nenhum comunicado oficial. Estou nesta semana em Curitiba”, avisou o artista.
Gaudêncio participará hoje à noite de um debate na Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná sobre a Judicialização da Arte: Queermuseu e a CPI dos Maus-Tratos. Já na quartafeira (22) à noite, véspera de seu depoimento na CPI sobre os Maus-Tratos, o curador irá inaugurar a Exposição Corpos de Fábrica, obras de Ana Norogrando no Museu Oscar Niemeyer, também em Curitiba.
Na noite da sexta-feira, 17, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes negou, o habeas corpus pedido por Gaudêncio Fidelis contra o tipo de condução. “Isso o que está acontecendo é surreal. É inacreditável que um pedido de condução coercitiva tenha saído do Senado Federal”. Fidelis deve ser levado nesta quinta-feira (23) pela Polícia Federal até o Senado, em Brasília para prestar esclarecimentos.