O Estado de S. Paulo

O curioso caso do disco preso na alfândega

- Pedro Antunes

Com três anos de atraso, o Cachorro Grande vai lançar a versão em vinil de Costa do Marfim, seu sétimo disco de estúdio, na noite deste sábado, 25, no auditório do MIS, como parte da programaçã­o Feira de Discos & Vitrolas. Será a celebração de álbum quase dado como perdido pela banda, porque a remessa ficou presa na alfândega brasileira ao chegar pelos Estados Unidos, depois de serem fabricados na República Checa, pela GZ Media, conhecida como uma das melhores fábricas de discos em vinil do mundo.

O imbróglio é complexo. Dada a grande procura por fábricas de vinis, a GZ Media não aceita pedidos pequenos. Por isso, o Costa do Marfim passou pelo selo norte-americano Pirate Press, que reúne os pedidos de produtores independen­tes menores em uma única encomenda. Com isso, as bolachas fabricadas seriam enviadas do país europeu para os Estados Unidos e, depois, viriam para o Brasil.

Os discos chegaram ao País como “importação ilegal” e ficaram retidos. Os custos se tornaram altos demais e os discos só foram recuperado­s ao serem adquiridos em um leilão promovido pela Receita Federal, pelo Selo 180. Os discos todos são duplos, para serem ouvidos em 45 rotações, o que aumenta a qualidade do áudio. Os preços são R$155 (versão normal) e R$ 289,90 (deluxe, colorido).

CACHORRO GRANDE Museu da Imagem e do Som

(MIS). Av. Europa, 158, Jardim Europa, tel. 2117-4777. Sáb. (25), às 18h. Entrada gratuita.

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