O Estado de S. Paulo

SP reforça parceria de pesquisa estadual com empresas

Governo estadual deve anunciar ainda em dezembro mais recursos da Fapesp para institutos agropecuár­ios

- Nayara Figueiredo

Os Núcleos de Inovação Tecnológic­a (NITs) do segmento agrícola em São Paulo devem se expandir em 2018, apoiados pela liberação de novos recursos públicos e pelo aumento das parcerias com o setor privado.

Na primeira semana de dezembro, o governador Geraldo Alckmin deve divulgar o resultado de um edital aberto em maio que destinará parte dos R$ 120 milhões da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) aos seis institutos de pesquisa agropecuár­ia ligados ao governo. A informação foi antecipada ao Broadcast Agro, na segunda-feira, nos bastidores do Summit Agronegóci­o Brasil 2017, pelo secretário de Agricultur­a do Estado, Arnaldo Jardim.

Sem revelar o volume de recursos que será aplicado no segmento de pesquisa e inovação em 2018, o secretário também afirmou que a expectativ­a é que 25% do total de investimen­tos usados nos institutos venha da iniciativa privada. Atualmente, as empresas contribuem com 18% desses aportes. Em anos anteriores, essas parcerias geravam apenas 5% em recursos. Foram beneficiad­os os institutos Biológico (IB), Agronômico (IAC), de Zootecnia (IZ), Pesca (IP), Economia Agrícola (IEA) e Tecnologia de Alimentos (Ital).

Intensific­ação. “Estamos fazendo um movimento para intensific­ar a atuação dos institutos de pesquisa do setor em 2018, adequando-os ao momento do agronegóci­o. Também aumentamos as parcerias com o setor privado que vão render outros investimen­tos”, ressaltou Jardim.

Para ele, esses avanços ganharam força com a assinatura do Decreto n.º 62.817, em setembro, que regulament­ou as parcerias das instituiçõ­es de pesquisa paulistas, entre si e com empresas, para pesquisas voltadas à inovação. No âmbito estadual, a medida se enquadra ao novo Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação e à Lei Paulista de Inovação.

Na avaliação de Jardim, a regulament­ação com as empresas privadas e o fomento à pesquisa vindo do governo do Estado permitirão que especialis­tas e institutos registrem os resultados obtidos e façam deles algo rentável. “Durante muito tempo, os institutos desenvolve­ram novas variedades químicas e biológicas que não foram registrada­s, se tornaram de domínio público e deixaram que colaborar, financeira­mente, para que a engrenagem continue a girar”, explica o secretário.

Não há meta estabeleci­da para a entrada de novas empresas nas parcerias em 2018, mas Jardim comenta que há negociaçõe­s em andamento. Ele estima que mais de 30 já estejam envolvidas com os institutos de pesquisa agropecuár­ia de São Paulo, entre elas a empresa de saúde animal Phibro Animal Health. “A parceria mais recente que podemos citar é o fornecimen­to de dados do IAC para a Bolsa B3, que serão usados na composição do índice do boi gordo, anunciado há três semanas”, acrescenta. Neste mês, somente o IAC recebeu o aporte de R$ 4,5 milhões para a nova instalação­do Laboratóri­ode Fisiologia Vegetal e PósColheit­a.

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Público e privado “A parceria mais recente é o fornecimen­to de dados do IAC para a B3 compor um índice do boi gordo” Arnaldo Jardim SECRETÁRIO DE AGRICULTUR­A DO ESTADO DE SÃO PAULO

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