Petrobrás estima 3,3 bilhões de barris em área de Libra
Total de barris se refere à porção noroeste de campo do pré-sal; extração foi iniciada no último domingo
A estatal Petrobrás comunicou ao governo federal a existência de 3,3 bilhões de barris de petróleo que podem ser produzidos no campo de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos. O volume, no entanto, é referente a apenas à região Noroeste da área total, que continuará sendo explorada pela estatal e sócios nos próximos 27 meses.
Assim que o reservatório foi descoberto, em 2010, a estatal já estimava a presença de 8 bilhões a 12 bilhões de barris na área. Até o momento, no entanto, a Petrobrás se limitou a conhecer e produzir na região noroeste, que batizou de Mero. Em comunicado distribuído ao mercado, a estatal informou que o petróleo encontrado é de alta qualidade e produtividade, além de ser muito valioso comercialmente.
O campo está localizado a cerca de 180 km da costa do Rio de Janeiro, em águas ultraprofundas. O Estado, portanto, será o principal beneficiado pelos royalties de Mero, principalmente, a partir de 2021, quando a produção de Libra deve ganhar escala.
Desde o último domingo, ainda em fase de teste, a extração ainda é pequena, de 10 mil a 40 mil barris por dia, como informou ao Broadcast/Estadão a PPSA, representante dos interesses da União no negócio e sócia no projeto. Até recentemente, a Petrobrás estimava iniciar a produção na região somente em julho deste ano.
O governo, que fica com uma fatia da produção, só deve começar a ganhar com Mero a partir de fevereiro de 2018. A empresa entrou para o fim da fila e deixou para os demais sócios as primeiras cargas, enquanto aguarda aprovação do Congresso Nacional para vender a sua fatia de óleo, provavelmente, aos parceiros de projeto.
Sociedade. Libra, considerada a maior reserva de petróleo do Brasil, foi a primeira área a ser licitada sob regime de partilha de produção no Brasil, em 2013. Na época, a área foi arrematada pelo consórcio liderado pela Petrobrás, com participação de 40%, em parceria com a gigante anglo-holandesa Shell (20%), a multinacional francesa Total (20%), além das chinesas CNPC e CNOOC Limited, com uma fatia de 10% cada uma.