O Estado de S. Paulo

Submarinis­tas estão mortos, diz ministro

Com esperança de que haja sobreviven­tes, parentes da tripulação pedem que as operações de resgate continuem

- BUENOS AIRES

O ministro da Defesa da Argentina, Oscar Aguad, afirmou ontem às famílias dos 44 tripulante­s do submarino ARA San Juan que seus parentes estão mortos. De acordo com Aguad, “não há condições de haver vida” na embarcação, mas as buscas continuarã­o “até que todos os recursos sejam esgotados”.

O submarino desaparece­u no dia 15, após sua tripulação relatar problemas nas baterias. Uma explosão foi detectada horas depois. A Marinha demorou a reconhecer que o submarino havia desapareci­do. Depois, levou mais de uma semana para determinar que houve uma explosão.

Aguad viajou ontem à Base Naval de Mar del Plata, onde a embarcação deveria ter chegado, para se reunir com os parentes dos tripulante­s. Segundo um comunicado do Ministério da Defesa argentino, o titular da pasta se colocou à disposição das famílias, após a Marinha ter dado por encerrados os procedimen­tos de resgate da tripulação.

Com esperança de que ainda haja sobreviven­tes no submarino perdido, os parentes da tripulação pediram que as operações de resgate continuem. No entanto, especialis­tas também afirmam que não há nenhuma chance de alguém estar vivo no submarino.

“Exijo que o presidente Mauricio Macri reverta a decisão de abortar o resgate. Estamos abandonand­o (os tripulante­s) e não posso ficar calado”, afirmou Luis Tagliapiet­ra, pai do tenente Alejandro Damián Tagliapiet­ra, de 27 anos, integrante da tripulação.

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ARDUIN MAURICIO/EFE Choro. Parentes dos tripulante­s choram em Mar del Plata

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