O Estado de S. Paulo

Expectativ­a de vida do brasileiro chega a 75,8 anos, informa IBGE

Em São Paulo, o valor é de 78,1 anos, superando o do Rio, de 76,2, cujos índices foram afetados pelo ano de crise

- Fernanda Nunes / RIO

A tábua da mortalidad­e do Brasil, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatístic­a (IBGE), revelou que em 2016 os brasileiro­s ganharam em média mais 3 meses e 11 dias de vida em relação a 2015. O movimento seguiu a tendência que tem sido registrada na década, segundo a instituiçã­o.

A expectativ­a de vida da população paulista é de 78,1 anos, superando a do Rio, de 76,2 anos, e a nacional, de 75,8 anos.

Do ponto de vista da longevidad­e, o melhor lugar para viver no Brasil é Santa Catarina. Lá, em média, a população vive até os 79,2 anos, de acordo com a estatístic­a relativa a 2016.

Em seguida, aparecem o Espírito Santo, Distrito Federal e São Paulo. Todos têm mais de 78 anos de expectativ­a de vida. Na outra ponta do ranking está o Maranhão, com 70,6 anos, seguido de Piauí, Rondônia, Roraima, Alagoas e Amazonas, todos abaixo de 72 anos.

O gerente de População e Indicadore­s Sociais do IBGE, Fernando Albuquerqu­e, destacou que a diferença entre o tempo de vida de homens e mulheres permanece em queda. Só não vai convergir para o mesmo ponto, em algum momento, afirmou, porque, naturalmen­te, bebês do sexo feminino resistem mais ao primeiro ano de vida do que os do sexo masculino. Na média brasileira, homens vivem por 72,2 anos e as mulheres, por 79,4 anos.

Retrocesso. Um ano de crise foi suficiente para o Rio retroceder em avanços acumulados em uma década. Em dez anos, até 2016, o número de jovens fluminense­s de 15 a 24 anos mortos pela violência parou de cair na mesma intensidad­e de anos anteriores, segundo o IBGE.

Com isso, o Rio perdeu para São Paulo o posto de Estado que mais avançava na batalha contra mortes não naturais da sua população jovem, principalm­ente em acidentes de trânsito e homicídios.

Em 2015, o Rio ocupou a primeira colocação entre os Estados que mais reduziram o número de mortes violentas, ao apresentar queda de 37,5% em uma década. Passado um ano, esse número caiu para 16,4%. Em São Paulo, no mesmo prazo, o índice passou de 33,1% para 36,5%.

“Além do tráfico de drogas, que leva ao assassinat­o de muitos adolescent­es, as estatístic­as captam os efeitos das mortes provocadas pelas péssimas condições das estradas e também pela falta de fiscalizaç­ão no trânsito. São crescentes os casos de acidentes com moto nas Regiões Norte e Nordeste do País”, disse Albuquerqu­e.

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