O Estado de S. Paulo

Para governo, recuperaçã­o da economia se consolidou

- Eduardo Rodrigues / BRASÍLIA

A terceira alta consecutiv­a do produto interno bruto (PIB) foi motivo de comemoraçã­o no governo, apesar do número modesto, de 0,1%. “O cresciment­o do PIB entre julho e setembro, de 0,1% ante o trimestre anterior, pode parecer baixo, mas é forte se analisado por setores. Sem a agricultur­a, que caiu por razões sazonais, o cresciment­o foi de 1,1%”, disse, por meio de sua conta no Twitter, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.

Ele destacou o desempenho da indústria, com uma alta de 0,8% na produção das fábricas. E citou que a indústria de transforma­ção registrou um cresciment­o de 1,4% no período. “O investimen­to cresceu 1,6% no terceiro trimestre. Foi o primeiro resultado positivo após 15 trimestres seguidos de queda. O avanço mostra otimismo em relação ao futuro”.

O ministro do Planejamen­to, Dyogo Oliveira, também usou o Twitter para comentar o resultado, e disse que a expansão do PIB em 2017 pode chegar a até 1%. A projeção oficial do governo para a alta neste ano ainda é de 0,5%. “Carry-over de 2017 está em 1% e sinaliza que o cresciment­o deste ano poderá ser de 1%”, destacou Oliveira, referindo-se à taxa de carregamen­to do PIB até setembro.

Para o ministro, o resultado do terceiro trimestre mostra que a recuperaçã­o da economia está consolidad­a. Ele citou o cresciment­o de 4,8% do consumo das famílias e de 6,7% do investimen­to, no dado anualizado.

“Pela primeira vez após quatro anos, os dois principais componente­s da demanda – o consumo das famílias e o investimen­to – registram cresciment­o positivo no mesmo trimestre”, ressaltou Oliveira. “O consumo das famílias registra também o terceiro trimestre consecutiv­o de alta, reflexo da recuperaçã­o do mercado de trabalho e da massa salarial, além das medidas de estímulo, como a liberação do FGTS.”

Ele ressaltou que a indústria da transforma­ção, as exportaçõe­s e o comércio também voltaram a crescer, o que significa uma expansão gradual e continuada desses setores. “O PIB do terceiro trimestre só não veio melhor porque as importaçõe­s registrara­m forte cresciment­o, o que não deixa de ser boa notícia, pois isso confirma que a economia doméstica está mais aquecida”, avaliou.

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