Rebelião em GO deixa 9 presos mortos e 14 feridos
Confronto ocorreu após grupo invadir ala de rivais no complexo de Aparecida de Goiânia; 14 detentos ficaram feridos
Nove presos foram assassinados e 14 ficaram feridos em um confronto entre detentos do regime semiaberto no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, em Goiás. Segundo a Superintendência Executiva de Administração Penitenciária (Seap) do Estado, na confusão, 106 presos do regime fechado fugiram – 29 foram recapturados, mas 77 continuavam foragidos até a noite de ontem.
Não foi um ato de fuga, mas uma ação de uma ala contra a outra.”
EDSON COSTA ARAÚJO, CORONEL DA PM
Nove presos foram assassinados e 14 ficaram feridos ontem durante um confronto entre detentos do regime semiaberto no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, em Goiás.
Segundo a Superintendência Executiva de Administração Penitenciária (Seap) do Estado, durante a confusão 106 presos do regime fechado fugiram. Desses, 29 foram recapturados, mas 77 continuavam foragidos até a noite de ontem.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de Aparecida de Goiânia (SSPAP) informou que o confronto aconteceu depois que detentos da ala C invadiram as alas A, B e D, dando início a um confronto.
Os presos também incendiaram a unidade prisional e corpos ficaram carbonizados. Os feridos receberam atendimento médico e voltaram em seguida para a unidade.
Ao Estado, o superintendente da SSP, coronel Edson Costa Araújo, minimizou o confronto, caracterizando-o como um “choque interno”, e não uma rebelião. “Não foi para fuga, eles entraram em choque interno. São no mínimo duas alas que se confrontaram e resultou nesses homicídios. Não foi um ato de fuga, não foi bem uma rebelião, mas uma ação de uma ala contra a outra. Rebelião geralmente é para reivindicar alguma coisa”, disse. Segundo o coronel, o confronto foi controlado pela intervenção de policiais.
Em nota, a Seap afirmou que agentes do Grupo de Operações Penitenciárias Especiais (Gope), com apoio do Batalhão de Choque da Polícia Militar, retomaram o presídio por volta das 16h. O Grupo de Radiopatrulha Aérea (GRAer) da PM também atuou para conter possíveis fugas e tentar recapturar foragidos. Durante toda a tarde, familiares dos detentos aguardavam informações na porta do presídio.
Ministério. O ministro da Justiça Torquato Jardim informou ontem que o Departamento Penitenciário (Depen) do Ministério da Justiça monitora a rebelião e disse que, a princípio, trata-se de um “problema local”. Segundo Torquato, profissionais do Depen estão em contato com a Secretaria de Segurança Pública de Goiás.