Centro ataca populismo contra Lula e Bolsonaro
Aindefinição sobre o candidato do centro na eleição presidencial não impede que os partidos adversários à candidatura de Lula e de Jair Bolsonaro tentem estancar o crescimento deles nas pesquisas. Algumas legendas querem criar uma onda de medo contra candidaturas populistas e carimbar esta marca nos dois. No pronunciamento de Natal, em cadeia de rádio e televisão, o presidente Temer condenou a prática. O prefeito João Doria (SP) também falou sobre isso e o ministro Henrique Meirelles (Fazenda) atacou o tema no programa do PSD.
» Caso pensado. O grupo político de Meirelles identificou, em pesquisas, que o chamado campo azul, que reúne antipetistas e antiBolsonaro, considera ambos radicais e populistas. Avaliou-se como fundamental Meirelles atacar a prática para se colocar como opção a quem os rejeita.
» Indireta. No caso de Michel Temer, o recado foi direto para o PT. A equipe do presidente diz que, ao criticar o populismo, ele quis alfinetar o jeito petista de administrar o País.
» Eles disseram. Temer disse, no Natal, que seu governo não adota medidas populistas. “Nada de esperar por milagres e contar com salvadores da pátria.” Já Meirelles alerta para possíveis retrocessos: “O populismo e os oportunistas fazem mal ao País”.
» Para os íntimos. Sem fogos de artifícios, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, serviu um jantar de réveillon para três ministros e alguns deputados na residência oficial. De repouso devido a uma infecção urinária, Michel Temer preferiu não ir.
» Me dê motivos. A ausência de Temer foi entendida por alguns aliados como um sinal de incômodo com o movimento do DEM de sair do governo. A amigos, Maia deixou claro que vai brigar para o partido continuar na base de Temer.
» Mesa cheia. Na volta ao trabalho, hoje, Temer deve sancionar a lei que concede socorro de R$ 15 bilhões à Caixa, com dinheiro do FGTS e o refis para participantes do Simples Nacional, no programa de Regularização Tributária das Micro e Pequenas Empresas.
» Nova moda. Mais três prefeitos de Tocantins avisaram ao presidente da Associação Tocantinense de Municípios, Jairo Mariano, que devem renunciar aos cargos por falta de dinheiro.
» Entrega de chaves. No último dia do ano, José de Pádua, de Marianópolis, e Fernando do Osmar, de Araguanã, deixaram seus mandatos sob alegação de colapso nas contas públicas.
» Campanha. O partido Novo, único a não receber dinheiro público, diz aprovar a medida para barrar o uso do fundo partidário nas eleições. » Carta na manga. Entusiastas do PSB à candidatura do ex-ministro do Supremo Joaquim Barbosa à Presidência da República dizem que, se ele decidir entrar na campanha eleitoral, fará o debate sobre a questão racial no País.
» Nossa voz. A avaliação da equipe do ministro aposentado é de que, pela primeira vez, esse pode ser um fator determinante na eleição.
COM NAIRA TRINDADE E LEONEL ROCHA. COLABOROU ISADORA PERON