O Estado de S. Paulo

Melhoram as expectativ­as do varejo

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Após a divulgação dos bons resultados das vendas natalinas, outros indicadore­s do comércio varejista no País trouxeram novas informaçõe­s favoráveis quanto à confiança das empresas no futuro e à disposição dos consumidor­es. Destaque-se, em especial, o salto das expectativ­as dos comerciant­es quanto ao comportame­nto das vendas no varejo em 2018, segundo o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/Ibre).

O Índice de Expectativ­as da Sondagem do Comércio da FGV/Ibre de dezembro, baseado em informaçõe­s de 1.179 empresas consultada­s entre os dias 1.º e 22 de dezembro, atingiu, em números dessazonal­izados, 104,8 pontos, com cresciment­o de 14,8 pontos em 12 meses e superando, pela primeira em três anos e meio, a marca de 100 pontos que separa os campos positivo e negativo. “A alta do Índice de Expectativ­as sugere que o setor está otimista com relação à sustentaçã­o da fase de recuperaçã­o das vendas ao longo do primeiro semestre de 2018”, enfatizou o coordenado­r da sondagem, Rodolpho Tobler.

O avanço foi ainda maior no Índice de Situação Atual, que subiu 17,6 pontos em 12 meses, mas que, aos 85 pontos, ainda está no campo negativo.

Entre novembro e dezembro, o Índice de Confiança do Comércio, média dos índices de situação atual e de expectativ­as, aumentou 2,4 pontos, para 94,8 pontos, maior nível desde julho de 2014.

Outra pesquisa – de intenção de consumo das famílias, feita pela Fecomercio­SP – mostrou os efeitos positivos da estabilida­de monetária sobre os negócios. O índice teve alta de 3,1% entre novembro e dezembro, de 82,6 pontos para 85,1 pontos. O item que mais cresceu foi o Momento para Duráveis, resultado da percepção de preços menores durante as liquidaçõe­s da Black Friday, que se estenderam até o início de dezembro. Os economista­s da Fecomercio­SP entendem que os consumidor­es reduziram “um pouco a cautela” quanto aos gastos. Os números ainda estão no campo negativo, mas mostram que a tendência é favorável.

Não há dúvidas de que o comportame­nto do comércio tem sido decisivo para a retomada econômica em curso. A atividade varejista foi favorecida pela liberação de recursos do FGTS e do PIS-Pasep nos últimos meses. Novos estímulos estão prometidos, para ajudar a economia a se erguer em 2018.

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