O Estado de S. Paulo

Renovação vai corrigir contratos do passado, diz ANTT

- /R.P.

O superinten­dente da Agência Nacional de Transporte­s Terrestres (ANTT), Alexandre Porto, afirma que a renovação das concessões de ferrovias deve corrigir algumas falhas dos contratos anteriores. Além de estabelece­r níveis de qualidade de serviço, a expectativ­a é ter multas mais razoáveis, caso o concession­ário não cumpra as obrigações. Hoje, dizem especialis­tas, as multas baixas não estimulam o cumpriment­o do contrato. Além disso, os novos contratos devem prever investimen­tos bilionário­s exatamente para eliminar esses gargalos.

“A solução para o problema da baixa velocidade dos trens são investimen­tos em contornos ferroviári­os”, afirma o professor da Fundação Dom Cabral, Paulo Resende. Segundo ele, o Programa de Aceleração do Cresciment­o (PAC) tentou reduzir o problema incluindo alguns projetos, mas foi pouco diante dos gargalos. Porto cita como exemplo os contornos de Araraquara (SP) e Barra Mansa (RJ) como investimen­tos feitos para melhorar a operação. Há ainda, segundo Resende, uma questão técnica, que é o tamanho da bitola (largura entre um trilho e outro) de 1 metro e 1,6 metro. Isso exige locomotiva­s de tamanhos diferentes. Algumas ferrovias têm um terceiro trilho para resolver o problema. “Mas há situações em que isso não resolve, pois os túneis não foram preparados para isso. Ou seja, não cabe uma locomotiva maior.”

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