Intel é processada nos EUA por falhas em chips
Três ações coletivas questionam empresa por falha de segurança em chips para computadores e celulares
A Intel enfrenta pelo menos três ações judiciais coletivas nos Estados Unidos após a revelação de que há uma falha de segurança em seus chips. O erro, divulgado na última quarta-feira, permite que hackers possam atacar computadores e smartphones fabricados em todo o mundo na última década.
Segundo o jornal britânico The Guardian, as ações coletivas foram protocoladas nos Estados de Califórnia, Oregon e Indiana e buscam compensação financeira pelos danos causados. Nas justificativas, os três processos citam a demora da Intel em divulgar às falhas.
“A vulnerabilidade revelada sugere que esta pode ser uma das maiores falhas de seguranças que já aconteceram”, disse Bill Doyle, advogado das partes que estão processando a Intel na Califórnia. “A Intel precisa agir rapidamente para corrigir o problema e garantir que os consumidores sejam compensados por suas perdas.”
Os processos citam ainda a possibilidade de computadores e celulares ficarem lentos após a atualização de software para corrigir as falhas de segurança. Em contrapartida, a Intel se pronunciou dizendo que a atualização não afetará o desempenho de todos os computadores. “O impacto no desempenho depende da carga de trabalho. Para um usuário médio, as mudanças não devem ser significativas”, diz a nota da empresa.
Além dos clientes, outras empresas de tecnologia, como Google e Microsoft, também podem buscar compensação financeira pelos gastos que tiveram para desenvolver atualizações para seus sistemas e correções para impedir que hackers explorem a vulnerabilidade.