Doria nega atuar por vaga na disputa estadual
O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), disse que não é responsável pela “operação esquenta” que aliados do tucano movimentam para viabilizar seu nome como candidato a governador do Estado nas eleições deste ano. Questionado sobre a possibilidade, Doria evitou afirmar se está disposto ou não a concorrer à sucessão de seu padrinho político, o governador Geraldo Alckmin.
“Eu não sou responsável pela operação esquenta”, disse o prefeito, em entrevista na noite de anteontem à TV Gazeta. O termo foi usado pela jornalista Maria Lydia quando questionou o prefeito sobre o movimento que deputados estaduais e prefeitos tucanos que defendem a candidatura de Doria para o governo paulista estão conduzindo em diretórios do partido. “Não é hora de discutir Palácio dos Bandeirantes nem sucessão”, afirmou o prefeito.
Frente partidária. Na semana passada, entretanto, Doria conversou em São Paulo com o presidente Michel Temer sobre possíveis alianças para as eleições deste ano. Na encontro, discutiu-se a criação de uma frente partidária formada por MDB, PSDB e outros partidos com interesses em comum.
Doria, que já tentou se viabilizar para disputar a Presidência neste ano, reforçou seu compromisso com a candidatura de Geraldo Alckmin ao Palácio do Planalto. “Provavelmente, haverá prévia com o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio. O PSDB é um partido democrático, se existir a prévia o governador vai disputar e vencerá”, disse o prefeito na entrevista à TV Gazeta.
Doria evitou criar polêmica com o senador José Serra (PSDB-SP), que tenta ser o nome do partido para disputar o Bandeirantes e que recentemente foi alvo de delação do expresidente da Odebrecht Pedro Novis. O executivo acusou Serra de receber para o partido R$ 54,2 milhões ilícitos, o que o tucano nega. Doria classificou Serra como um “grande nome” e disse respeitar “figuras importantes” do PSDB.