Protesto contra a tarifa a R$ 4 volta a ter confrontos e tumulto
PM teve de intervir com bombas e gás; MPL não conseguiu fazer concentração na frente da casa do prefeito
O segundo ato organizado pelo Movimento Passe Livre (MPL) contra o aumento da passagem de ônibus em São Paulo, em vigor desde o dia 7, terminou em confusão e vandalismo na região do Largo da Batata, em Pinheiros, zona oeste da capital paulista, na noite de ontem.
Um grupo de manifestantes usou lixo para montar uma barricada e bloquear vias. Na sequência, depredou uma agência bancária, abrigos de ônibus e caminhou pela Rua Pais Leme na direção do Terminal Pinheiros. A Polícia Militar reagiu com bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo.
Ao menos cinco pessoas foram detidas na Rua Pais Leme para averiguação – e depois liberadas. Outras três foram presas na Marginal do Pinheiros, na altura da Estação Pinheiros, ao tentar bloquear a pista local no sentido da Rodovia Castelo Branco. A PM também usou ali bombas para dispersar os manifestantes – alguns fugiram para dentro do bairro.
Perseguições ainda aconteceram nas ruas do Baixo Pinheiros, entre o Largo da Batata e o terminal de ônibus. Bares da região fecharam as portas mais cedo. Na frente do terminal, policiais jogaram bombas para conter os manifestantes. O ato. A concentração do protesto estava marcada para as 17 horas na Rua Itália, nos Jardins, endereço do prefeito João Doria (PSDB). No entanto, duas quadras da via foram bloqueadas por homens da PM e da Guarda Civil Metropolitana (GCM) à tarde. Dois blindados da PM permaneceram na região – e o trânsito de moradores ocorria mediante revista.
O MPL decidiu, então, alterar a concentração para o cruzamento das Avenidas Brigadeiro Faria Lima e Cidade Jardim e seguir para o Largo do Batata. Os policiais pediram que os manifestantes ocupassem apenas o canteiro central. A recomendação, porém, não foi atendida. O ato teve menos manifestantes do que na semana passada, mas nem organização nem polícia deram números.