Cade aprova negócio entre Votorantim e ArcelorMittal
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou ontem, com restrições, a compra da Votorantim Siderúrgica pela ArcelorMittal. Como antecipou o Estadão/Broadcast, o aval do conselho foi condicionado à venda de ativos em nove submercados de aço, que correspondem a um terço da capacidade produtiva da Votorantim.
Dois conselheiros chegaram a votar pela reprovação da operação por entender que a concentração de mercado, que ultrapassa os 60% em alguns setores, seria prejudicial à concorrência. A maioria do conselho, porém, seguiu o voto da relatora Polyanna Vilanova. Ela levou ao plenário um acordo negociado com as empresas nos que prevê a venda de dois pacotes de ativos, para empresas diferentes.
As vendas incluem plantas da ArcelorMittal em Cariacica (ES), Itaúna (MG) e outras duas em local não divulgado. Com o acordo, o tribunal do Cade não cumpriu a recomendação da superintendência-geral que, em setembro, recomendou a reprovação do negócio. Bayer e Monsanto. O Cade também aprovou ontem a compra da Monsanto pela Bayer, com restrições.
A operação, que criou uma gigante mundial no setor agrícola, foi condicionada ao cumprimento de um acordo com as empresas que prevê a venda de todos os ativos da Bayer para produção de sementes de soja e algodão e alguns tipos de herbicidas, incluindo fábricas e patentes.