Secretários de SP, MG e ES pedem reunião
O ministro da Justiça, Torquato Jardim, marcou uma reunião com os secretários de Segurança Pública de Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo para a próxima quinta-feira. O encontro foi pedido pelo secretário de Segurança de Minas, Sérgio Barboza Menezes, que manifestou a preocupação dos três Estados com os efeitos colaterais do decreto de intervenção no Estado do Rio de Janeiro, assinado ontem pelo presidente Michel Temer.
Torquato informou que os secretários estão apreensivos com a possibilidade de fuga de criminosos do Rio para Estados vizinhos e solicitaram a reunião justamente para abordar o problema, com o objetivo de saber quais medidas preventivas podem ser tomadas.
O decreto assinado por Temer prevê que as Forças Armadas assumirão o controle da segurança pública no Rio até 31 de dezembro. “O crime organizado é uma metástase que se espalha pelo País”, afirmou o presidente.
Reforço. Em meio à intervenção federal na Segurança Pública do Rio, a Polícia Federal vai começar, na semana que vem, a recrutar policiais federais para integrar uma equipe de operação de inteligência no Estado. A ação, batizada de União Rio, pretende integrar as informações de inteligência produzidas pelas forças de segurança com foco no combate ao tráfico de drogas, armas e roubo de carga. Além da PF, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), as Polícias Militar e Civil do Rio, a Polícia Rodoviária Federal e as Forças Armadas vão indicar nomes para a União Rio.
O grupo formado por esses agentes terá sede na Superintendência da PF no Estado, em uma central de controle de informações de inteligência. Somente da PF serão 30 policiais com atuação exclusiva. A operação terá como chefe o delegado Júlio César Baida Filho.
O objetivo da União Rio é promover o compartilhamento de informações de inteligência desses órgãos de segurança do Estado para subsidiar operações da PF contra o crime organizado. A União Rio não ficará subordinada ao comando militar do general Walter Braga Netto, indicado como interventor pelo governo federal, mas terá sua atuação voltada a dar suporte às ações de combate ao crime organizado patrocinadas por ele.