Com um novo espaço, pista eletrônica cria universo próprio
Agora posicionado na entrada principal do público, palco dedicado às batidas ganha mais relevância em Interlagos
Esquecida do mundo, uma garota filma a si mesma enquanto o DJ e produtor mineiro FTampa soltava uma versão de Work, de Rihanna. Ela dança, Rihanna canta, o público enlouquece. Agora, em um novo espaço, o palco Perry, dedicado à música eletrônica, ganha protagonismo nesta sétima edição do Lollapalooza como nunca antes. Depois de ser tenda e palco se- cundário, o espaço voltado aos beats tem uma área para chamar de sua no Autódromo de Interlagos.
Na reorganização do espaço, os palcos Axe e Onix agora estão próximos, do lado oposto do espaço dedicado ao evento, enquanto o palco Perry reina absoluto na entrada do festival e, com hits grudentos, envelopados por batidas pegajosas, é ponto de parada de gente como Yhuri Miura, de 21 anos, e Ana Laura Soares, de 20 anos. Os dois – ele é dono de uma agência e ela, blogueira – assistiram a shows nos outros palcos, como Selvagens à Procura de Lei e Rincon Sapiência, ambos no início da tarde. De- pois disso, o foco deles era o Perry, até a entrada do Red Hot Chili Peppers no palco principal do Lolla, às 21h10. “Mas a vibração aqui é ótima”, diz Yhuri.
Mas nem mesmo a principal atração do dia é unanimidade por ali. João Paulo Menezes e Joel Couto não pretendiam assistir a todo o show dos Chili Peppers. Para eles, o principal era estar ao palco Perry de volta, às 22h, para acompanhar a apresentação inteira do também brasileiro Alok. Com passes para os três dias de Lollapalooza, os dois ainda querem ver os shows de artistas como Kygo e DJ Snake, atrações deste sábado, 24.