O Estado de S. Paulo

Jabuti libera nomeação política em estatais

- ANDREZA MATAIS TWITTER: @COLUNADOES­TADAO COLUNADOES­TADAO@ESTADAO.COM POLITICA.ESTADAO.COM.BR/BLOGS/COLUNA-DO-ESTADAO/ COM NAIRA TRINDADE E LEONEL ROCHA

Projeto de lei que tramita em regime de urgência no plenário da Câmara revoga trechos da Lei das Estatais. O “jabuti” foi incluído em proposta que trata da modernizaç­ão do setor de turismo no País, sem nenhuma relação com o tema. O relatório do deputado Paulo Azi (DEM-BA) anula a proibição de dirigentes partidário­s de ocuparem cargos em empresas públicas. E extingue o parágrafo que proíbe nomear parentes de congressis­tas. O deputado encaminhou essa versão para o Planalto em busca de aval para o texto. Recebeu recados para recuar.

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As alterações foram incluídas no relatório de plenário, após o projeto de lei 2724/2015 ter sido aprovado em comissão especial da Câmara. O “jabuti” está na penúltima das 59 páginas e revoga o inciso II do §2º e o §3º do art. 17 da Lei nº 13.303/2016.

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O relatório de Paulo Azi também revoga trecho da Lei das Estatais que impedia quem participou de campanha eleitoral, nos últimos 36 meses, de assumir cargo de direção nas empresas.

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Após ser procurado pela Coluna, o deputado Paulo Azi culpou sua assessoria “pelo erro” de incluir o jabuti no projeto e afirmou que enviará nova minuta ao governo excluindo essa parte.

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Deputados da base aliada do presidente Temer batizaram o PP de novo MDB. Isso porque seus dirigentes têm garantido apoio a todos os pré-candidatos ao Planalto com intenção de compor o próximo governo.

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O presidenci­ável Jair Bolsonaro (PSL) conversa com Magno Malta (PR), mas também está de olho em Flávio Rocha para a vaga de vice. A ponte entre os dois é o pastor Silas Malafaia, a quem pediu ajuda para mobilizar a comunidade evangélica em torno da candidatur­a.

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Depois da desfiliaçã­o de Raul Jungmann do PPS, os partidos do Rio rastreiam o momento em que ele vai aparecer filiado a um novo partido e com domicílio eleitoral no... Rio.

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A Itaipu Binacional contratou por R$ 1,9 milhão o escritório do advogado Tiago Cedraz para a defesa da companhia no Supremo, STJ e até no TRF-4, instância onde são julgados recursos da Lava Jato. Ele é filho do ministro do TCU, Aroldo Cedraz.

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Tiago foi alvo da 45.ª fase da Lava Jato, deflagrada em agosto de 2017, que apura pagamento de propina para obtenção de contratos na Petrobras.

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A Itaipu disse que “a escolha foi empresaria­l”. Tiago não ligou de volta.

A prefeita de Boa Vista, Teresa Surita (MDB), está reavaliand­o se vai abandonar a prefeitura para disputar o governo de Roraima. Ela se recusa a fazer coligações.

A versão final do projeto de legalizaçã­o do lobby, que será votada terça na Câmara, estabelece que, quando advogados estiverem trabalhand­o como lobistas, devem seguir as regras de transparên­cia.

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