Espaçoso, confortável e bom de curva
Importado dos Estados Unidos, novo Honda CR-V chega em versão única, Touring, com motor 1.5 turbo de 190 cv e preço sugerido de R$ 179.900
A Honda demorou para lançar a quinta geração do CR-V no Brasil, mas a espera compensou. Apesar do preço sugerido ser alto, de R$ 179.900 (veja comparação com os concorrentes abaixo), o SUV importado dos Estados Unidos ficou maior, ganhou tecnologias e oferece dirigibilidade exemplar, graças à sintonia perfeita entre conforto e estabilidade. Além disso, o espaço interno, fundamental para os clientes de utilitários-esportivos médios, é muito bom.
As primeiras unidades já estão chegando às concessionárias e as vendas começam oficialmente em abril. O novo Honda está disponível em versão única, Touring, bastante recheada de equipamentos. O motor é o mesmo 1.5 turbo do Civic de topo (o SUV compartilha plataforma com o sedã). Esse quatro-cilindros a gasolina recebeu melhorias para entregar 190 cv, ante os 173 cv do carro nacional.
A Honda informa que adotou um canal para resfriar o pistão e fez mudanças na taxa de compressão. Também reduziu o número de pás do turbo (de 11 para nove), o que permitiu um aumento da admissão de ar.
O câmbio CVT, de relações continuamente variáveis, também é o mesmo do Civic Touring e simula sete marchas. A Honda informa que essa caixa tem conversor de torque e outras soluções que fazem com que seu funcionamento seja parecido com o de um automático convencional quando o motorista pisa forte no pedal do acelerador – em arrancadas e ultrapassagens, por exemplo.
Porém, foi nesse tipo de situação que o CR-V mais sofreu durante a avaliação. Com o pé embaixo, o SUV demorou a responder, mesmo com o câmbio na posição esportiva, “S”, que mantém o giro do 1.5 alto para proporcionar reações rápidas.
No mais o CVT foi bem, atuando de maneira eficiente e
não comprometendo o bom trabalho do motor em acelerações graduais. Para isso contribui o bom torque, de 24,5 mkgf, disponível de 2 mil até 5 mil rpm.
O Honda também é silencioso, exceto em acelerações bruscas. O isolamento acústico da cabine é tão bom que pode dar a impressão de que o carro está rodando em uma velocidade mais baixa que a real.
A estabilidade é outro ponto alto do utilitário-esportivo norte-americano. A carroceria ficou firme mesmo em alta velocidade. A suspensão, independente nas quatro rodas, recebeu o auxílio de buchas hidráulicas que dão uma “forcinha” na missão de filtrar os solavancos causados por impactos contra piso irregular.
A direção com assistência elétrica oferece respostas diretas e transmite sensação de segurança nas mudanças de trajetória. Além disso, há tração 4x4 por demanda, que ajuda a manter a aderência dos pneus, é muito útil em pista molhada.
Outro sistema interessante é o de vetorização de torque. Sua função é enviar mais força para as rodas que estão na parte interna da curva, o que também contribui para manter o carro sempre sob controle.