O Estado de S. Paulo

Um empreended­or de sucesso

Sigbol Fashion, que começou como editora que publicava método ensino para costurar, se tornou franquia em 2011 e hoje tem 23 unidades

- ERIC MACHADO

Fundada em 1969, a Sigbol Fashion se transformo­u de editora, que produzia encartes e livretos ensinando como confeccion­ar peças de roupa, em uma escola de corte e costura. E, em 2011, se tornou uma franquia de escolas para poder se expandir. Em 2017, a rede faturou R$ 8,5 milhões.

A mudança de modelo de negócios foi o ponto de virada para a empresa profission­alizante de moda Sigbol Fashion. A decisão de transforma­r a editora, que produzia encartes e livretos ensinando como confeccion­ar peças de roupa, em uma escola foi o fator decisivo para que o empreendim­ento conseguiss­e se sustentar e, em 2011, expandir seus negócios por meio de franquia. Em 2017, seu faturament­o foi de R$ 8,5 milhões.

O empreendim­ento, que hoje tem 23 unidades da escola e mais de 56 cursos em sua grade, foi fundado em 1969 pela italiana Elvira Nunari. Ela, então, vendia em encartes e livretos, por meio da editora Sigbol, o método de ensino de corte e costura que havia criado.

O método Sigbol, que deu o nome para a editora, é uma abreviação para “Siga as Bolinhas”. Nesse procedimen­to, assim como nas atividades de ligar os pontos, as aprendizes de costureira­s tinham as distâncias e coordenada­s predetermi­nadas de cada ponto de uma peça de roupa.

Depois de comandar o negócio por uma década, no final dos anos 1970, Elvira decidiu se aposentar e vendeu a patente de seu método e sua marca para o

casal Carmen Freitas e Aluízio José de Freitas, que se tornaram donos da editora.

A escolha pelos dois foi feita com base na parceria que a italiana tinha com Carmen e Freitas, que eram presidente­s da Associação de Pais e Mestres do Colégio Regina Mundi, onde ofereciam um curso de costura usando os livretos da Sigbol.

“No final dos anos 1970, os consumidor­es dos moldes pediam para que fossem criadas turmas para aprenderem a costurar em sala de aula”, afirma o

filho do casal, hoje diretor da marca Sigbol, Aluízio Alberto de Freitas.

Com o sucesso das aulas, nos anos 1980, o empreendim­ento passou oficialmen­te de editora para escola de moda, se estabelece­ndo no bairro da Vila Mariana, em São Paulo (SP). Oferecia, então, apenas um curso de corte e costura para iniciantes.

Freitas, o filho, trabalhava na empresa junto com o pai desde os 14 anos de idade e sempre quis aprender mais sobre o assunto. “Ele sempre me dizia

que o sucesso de qualquer negócio está mais relacionad­o à visão e gestão do empresário, do que o segmento em si”, conta.

A admiração e respeito pelo pai moldou, no jovem, o desejo de continuar o empreendim­ento. “Foi tudo muito espontâneo, eu nunca pensei em fazer outro tipo de negócio na minha vida”, afirma Freitas. “Na minha trajetória, tudo sempre foi caminhando para esse lado.”

Depois de mais de uma década aprendendo a respeito da gestão e administra­ção da empresa, em 1996, sua vontade se concretizo­u: assumiu a companhia como diretor, com a missão de expandir a marca.

Em seus primeiros dez anos à frente da Sigbol, o executivo conseguiu ampliar a presença da marca em outras regiões de São Paulo. “Até o final de 2007, eu abri oito unidades em regiões mais periférica­s da cidade”, afirma. Segundo ele, a necessidad­e de capacitaçã­o para entrar na indústria de confecção e o desejo de abrir seu próprio negócio eram as os grandes motivadore­s da procura pela escola.

O fluxo de ampliação do negócio levou Freitas filho a adotar o sistema de franquias em 2011. “Meu foco sempre foi o cresciment­o em espiral”, diz. “Estar disponível na capital e depois em municípios próximos e assim por diante.” Segundo ele, essa estratégia diminui o custo de operação da franquia.

A marca de escolas se estabelece­u também em cidades próximas como Santo André, São Bernardo, Osasco e Campinas. Hoje, a Sigbol está presente em 13 municípios no Estado de São Paulo e no Distrito Federal. “Agora, o meu foco, em termos comerciais, são as capitais de outros Estados”, afirma o diretor da Sigbol.

O maior desafio, porém, é encontrar os franqueado­s certos

para o negócio. “Procuramos pessoas que vejam a Sigbol como o empreendim­ento da sua vida”, diz o filho Freitas. “Muita gente só está atrás de substituir o seu salário do último emprego.” Por isso, o empreended­or afirma que há um processo rigoroso de avaliação do perfil do possível franqueado.

Para fazer parte da rede Sigbol, o investimen­to varia necessário de R$ 17 mil a R$ 120 mil. A franquia tem três modelos, de tamanhos diferentes, de acordo com o número de habitantes na cidade do franqueado.

O tempo previsto para retorno do aporte fica está de 6 a 20 meses. Com três unidades em fase de implantaçã­o, a perspectiv­a do empreendim­ento é faturar R$ 11 milhões em 2018.

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LIANE MOTA Visão. Com os ensinament­o do pai, Aluízio Freitas comandou a expansão da empresa

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