Em BH, sem-terra atacam prédio de Cármen Lúcia
Integrantes do MST jogaram tinta vermelha no prédio no qual a presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, mantém apartamento no bairro Santo Agostinho, em Belo Horizonte. Um vídeo com membros do movimento em frente ao edifício foi divulgado nas redes sociais.
Para o coordenador do MST em Minas, Silvio Netto, o protesto foi uma forma de mostrar que os trabalhadores estão dispostos a lutar. “Cármen Lúcia se tornou a inimiga número um dos mineiros”, disse o militante. Segundo o MST, cerca de 450 sem-terra participaram da manifestação.
A presidente do STF deu o voto de desempate para que não fosse concedido habeas corpus pedido pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A ministra não comentou a manifestação, mas segundo apurou o Estado, ela, que pediu “serenidade” em pronunciamento na véspera do julgamento do habeas corpus, se mostrou preocupada com os outros moradores.
O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Sérgio Etchegoyen, telefonou para a ministra para prestar solidariedade e oferecer auxílio do governo federal para apuração do caso. O governo considerou “lamentável” o episódio.
A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) repudiou o que chamou de “atos de vandalismo”.